Gonçalo, Pedro Gonçalves... e Trincão
Ter o novo seleccionador nacional de futebol a assistir ao jogo, na tribuna de Alvalade, pode constituir um factor adicional de motivação. E se calhar foi mesmo, nesta segunda-feira, em que dominámos por completo e vencemos o Estoril por 2-0.
Sob esta observação intensa do espanhol que sucedeu a Fernando Santos no comando da equipa das quinas, Gonçalo Inácio foi seguramente um dos nossos jogadores que mais terão aproveitado esta oportunidade. Com a linha central à direita agora bem preenchida com St. Juste e Diomande, pode enfim actuar na sua posição natural, à esquerda, como canhoto que é. O que potencia a sua utilização no onze nacional.
Pedro Gonçalves é, naturalmente, outro jogador sob escrutínio. Este nem terá sido dos seus melhores jogos, mas Roberto Martínez - com uma capacidade de observação muito acima da média, até por ter liderado a selecção belga durante seis anos - sabe com certeza que o ex-Famalicão terá de constar das próximas convocatórias.
Resta quem? Nuno Santos, claro. Mas a concorrência é fortíssima: não ignoramos como a ala esquerda está bem servida na equipa nacional.
Claro que há sempre lugar para uma surpresa. Quase apostaria que Rúben Amorim falou disso a Trincão ao intervalo, lembrando-lhe quem estava na tribuna a tomar notas sobre o jogo. Às vezes estes pormenores fazem toda a diferença. Talvez isto contribuísse para o enorme contraste da exibição do ex-Braga do primeiro para o segundo tempo - exibição coroada com um golo de antologia.
Pode ter sido coincidência. Ou não.