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És a nossa Fé!

Futebol também é economia

Texto de Pedro Sousa

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As duas mais importantes batalhas que a sociedade tem que enfrentar nos próximos tempos sãoa luta contra o vírus invisível e a luta pela manutenção dos postos de trabalho e do respectivo "ganha-pão".

Não sendo o futebol produtor de um bem de primeira necessidade, teve a possibilidade de suspender a sua actividade por algum tempo. Mas tal como as outras actividades, ainda que adaptado aos tempos que vivemos, terá que voltar em breve. Isto se os agentes desportivos (jogadores, treinadores, dirigentes e demais pessoas que vivem directamente do futebol) quiserem defender a sua entidade patronal e, por consequência, a manutenção do seu "ganha-pão".

Um jogador de futebol profissional não é mais importante que um caixa ou repositor de supermercado, ou um trabalhador fabril, que ganham valores a rondar o salário mínimo e têm todos os dias de enfrentar o vírus por todos nós, mas também pela sua entidade patronal e pela manutenção do seu posto de trabalho.

 

O futebol profissional não é só desporto. É um importante produto económico (por isso, a necessidade de ganhar a qualquer custo que transforma isto em qualquer coisa pantanosa, que não é desporto) que movimenta milhões de euros e emprega milhares de pessoas.

Assim que os mais velhos e os que têm uma saúde mais frágil estiverem isolados e protegidos, mal surja uma melhor capacidade de enfrentar o vírus (material de combate e protecção disponível no mercado) a sociedade económica será reaberta (continuando, ainda assim, as normas de distanciamento social, entre outras) para que não aconteça uma crise económica, já esperada, de patamares catastróficos. Poderia surgir algo pior e mais mortal do que a pandemia que enfrentamos.

Quem assenta uma grande fatia dos seus orçamentos em contratos televisivos não tem outra hipótese que não continuar a vender o seu produto, ainda que sem o sal dos adeptos no estádio.

 

Olhamos para as declarações do presidente da Liga de Clubes. Ouvimos as "ameaças" que a UEFA faz às federações de não deixar os clubes participarem nas competições europeias se os campeonatos não terminarem em campo. E chegamos à conclusão de que quem manda quer salvar os clubes e os seus agentes. E a melhor forma de o fazer é competir. Também temos a noção de que os futebolistas, sendo também cidadãos comuns, são por princípio jovens saudáveis, rodeados de estruturas médicas capazes.

O jornal O Jogo fala de uma reunião entre Pedro Proença e os presidentes dos clubes para que o campeonato se conclua em seis semanas. O espaço temporal deverá ser os meses de Junho e Julho.

Notem que o nosso primeiro ministro nos encoraja a programar as nossas férias para o Verão (cá dentro). Mais uma vez a economia a sobrepor-se a um vírus que ainda andará cá em Agosto. Mais um sinal de que o factor económico, mais cedo ou mais tarde, irá prevalecer.

Por outro lado, o Benfica nunca deixaria o campeonato terminar assim. Só se estivesse em primeiro lugar. Mais do que a soma de uma taça ao museu é o prestigio que está em causa. Pode ser a diferença entre vender um Rúben Dias por 30 milhões ou 40 milhões.

 

Já tinha comentado aqui no blogue que achava, que o campeonato se iria disputar até ao fim. Continuando a ser do contra, ferindo, provavelmente susceptibilidades mais sensíveis, o mundo não acabou e, muito menos, o Sporting acabará. O futuro será mais risonho quanto mais cedo e melhor nos prepararmos.

O vírus não distingue homens. Mas a crise distingue os preparados dos impreparados.

 

Texto do nosso leitor Pedro Sousa, publicado originalmente aqui.

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