Frio, frio, muito frio, gelado...
Era assim que brincava com os meus filhos com objectos escondidos pela casa, eu e milhões de pessoas pelo Mundo inteiro, nada de inédito portanto por aqui.
E se o joguinho não é inédito, o fado do adepto do Sporting também não.
Seria lá uma época normal se não acontecessem coisas que não lembram ao Diabo, ele próprio, ao Sporting?
Ontem, à falta de melhor, arranjou-se um golo dos apanhados, daqueles que vai virar "même" e viralizar.
E calhou-nos outro artista do folclore arbitral, o que configura uma tendência que se tornará habitual, tal a predominância dos apitadeiros de serviço no nóvel elenco federativo. Que acumulam com benfiquismo militante, já agora, o que é duplamente preocupante.
Mais quanto ao resto, corremos o risco de um destes dias não termos homens para fazer um onze de jeito, mas isso tem um responsável, que certamente se assumirá. Lembro que as equipas de topo têm um conjunto de 20 a 25 jogadores e algumas até ultrapassam os 30, devido aos calendários demasiado preenchidos e ao número exagerado de jogos, o que leva a demasiadas lesões, musculares e outras. Se se opta por grupos pequenos, como é o nosso caso, há que manter o departamento médico precavido para o que possa vir a acontecer. Lembro que o verbo precaver é sinónimo de antecipar. Não preciso explicar, creio.
Voltando ao malfadado jogo de ontem, chamem-lhe premonição ou o que quiserem, mas assim que o APAF apitou para o início e vi como Inácio abordou alguns lances e o próprio "traidor" St. Juste, que me cheirou a esturro. E como o senhor Peter afirmou, tudo o que poderia ter corrido mal, correu e por ironia, mais uma, das desgraças que acontecem só ao Sporting, o guarda-redes que tivemos de contratar por ausência de um titular decente, deu uma casa do tamanho da Ponte Vasco da Gama e mais um bocado das salinas do Samouco. A casa teve ainda mais uma assoalhada, porque se o rapaz não tem tocado na bola aquele "passe açucarado" do Ste Juste daria um pontapé de canto e assim deu golo para o adversário.
A malapata continua. Sinceramente nem sei como isto vai acabar, quero que acabe bem, tenho esperança de que acabe bem, mas pelo andar da carruagem, sei não.
Por aqui, em Aarburg, está frio, muito frio.
Esperava eu que os rapazes me aquecessem um pouco a noite de ontem, mas o hábito das noites frias está a começar a ser preocupante.
Vale-me estar com o filho sportinguista. E a beleza da neve. E a cerveja a ficar gelada na varanda.