Frederico Varandas
Assisti com atenção a três intervenções de Frederico Varandas na televisão, sendo que em duas ainda não era candidato à presidência do Sporting Clube de Portugal e na outra anunciava a sua vontade.
Reconheço que gostei de todas as suas intervenções porque demonstrou elevação e personalidade, tudo o que espero do presidente do meu clube. Neste momento, uma percentagem do eleitorado do Sporting Clube de Portugal que está a ler este artigo pensa que o autor é mais um croquete mas rapidamente vão chegar à conclusão que no nosso clube apenas existem sportinguistas/leões.
Retive alguma ideias que Frederico Varandas partilhou com o universo sportinguista, nomeadamente:
- União no Sporting Clube de Portugal
Na verdade, este tema parece simples, mas ultimamente verificamos que é deveras difícil. No passado, uma das maiores virtudes do anterior presidente foi unir a família sportinguista e assistimos a um gradual aumento do número de sócios, nomeadamente ao aparecimento de caras antigas no estádio. Os adeptos andavam amargurados e não se reviam na gestão à data porque sentiam que o clube não era deles. Durante um período, BdC revolucionou o SCP e conseguiu a união da grande maioria dos adeptos do clube. O discurso critico do anterior presidente estava direcionado para fora e tentava combater os verdadeiros inimigos do clube. Com o decorrer do tempo, começou a radicalizar com alguns sportinguistas e direcionou a sua critica para dentro do clube. Ou seja, como já não bastavam os inimigos externos, a critica passou a ser interna e esqueceu o mais importante. Não somos inimigos, somos família. E até podem existir divergências, mas devemos resolvê-las dentro de casa.
- Respeito pelo passado
Frederico Varandas disse perentoriamente que não era o candidato anti ou pró Bruno de Carvalho. Explicou que o anterior presidente tinha conseguido obter resultados positivos em algumas matérias e que deveriam ser mantidas essas medidas satisfatórias. Ou seja, contrariamente ao que estamos habituados em Portugal, onde impera a cultura do 8 ao 80, demonstrou objetividade, clarividência, inteligência e respeito pelo passado. Pessoalmente, respeito e admiro este tipo de comportamento porque nunca podemos esquecer que todos somos fruto das nossas vivências. Jamais podemos esquecer as nossas raízes e os nossos princípios básicos.
- Suspeitas de corrupção no Sporting Clube de Portugal
Demonstrou desagrado pela situação e algum cansaço por tudo, nomeadamente com a consequência de colocar o nome do clube na lama. Explicou que nunca o SCP poderia estar envolvido neste tipo de escândalos porque este não era o ADN do clube. Nesta situação subscrevo na integra as suas palavras e ainda vou mais longe. Na minha opinião, e contrariamente ao que acontece noutros clubes, o princípio da presunção da inocência não se aplica no Sporting Clube de Portugal. A mera suspeita de ilegalidade já é suficiente para retirar o sono a qualquer sportinguista porque não se compagina com os princípios do clube. Somos um clube onde os adeptos têm espinha dorsal e gostam de o afirmar altivamente.
- Continuar a potenciar as modalidades
Afirmou que o sucesso e investimento com as modalidades era para manter porque somos um clube eclético. Nesta matéria sou suspeito porque, apesar de gostar de futebol, amo o atletismo. O ecletismo é uma bandeira do Sporting Clube de Portugal e nomes como Moniz Pereira, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Dionísio e Domingos Castro, António Livramento e Joaquim Agostinho fazem parte da nossa história. No futebol, não esqueço Manuel Fernandes, Vítor Damas e Cristiano Ronaldo.
- Transparência
Sobre este tópico recordo que no caso de eleição de Frederico Varandas a presidente podemos contar com a apresentação anual da declaração de rendimentos e património de todos os membros do Conselho de Administração ao órgão fiscalizador do clube. Na verdade, tão importante como ser honesto, é necessário demonstrar isto. Até podem desconfiar do que entenderem, mas a verdade é que apenas Frederico Varandas demonstrou vontade em agir assim.
- Responsabilidade
Afirmou que na sua equipa só iriam ingressar pessoas de reconhecido mérito e com experiência profissional. Ou seja, na estrutura profissional do Sporting Clube de Portugal não há lugar a experimentalismos. Todos os que ingressarem nos órgãos sociais já devem ter uma “vida para além do Sporting Clube de Portugal”. As pessoas devem servir o Sporting Clube de Portugal e não servirem-se dele.
Face ao supra mencionado, estamos perante uma candidatura séria, de uma pessoa responsável e que dignifica os princípios do Sporting Clube de Portugal.
Saudações Leoninas