Foste anjinho Amorim
Rúben Amorim cometeu um erro clamoroso neste jogo. Foi desde logo uma temeridade alinhar com Nuno Santos e Coates, um sanguíneo e um defesa que não teme o choque, mas o domínio do Sporting foi tão avassalador e sereno que não deu azo a equívocos. Mas quando vi Palhinha a tirar o fato de treino juro que tive um arrepio de horror. Os meus piores augúrios depressa se confirmaram, bastou a Palhinha soprar nas orelhas de um adversário para que a hiena do Fábio, há 75 minutos à espera desta oportunidade, puxasse o cartão amarelo. Amorim não é ingénuo, conhece bem com que linhas se cose o futebol nacional, e já experimentou na pele por duas vezes a sanha e o acinte do anti-sportinguismo institucional, redobrado agora que a equipa se mostra inquebrável enquanto os adversários directos ou tropeçam ou vão vingando bem amparados. Estava-se mesmo a ver que isto ia acontecer, como foi possível caíres na esparrela, Amorim?