Fechar a boca
Houve um treinador inglês do Benfica, três vezes campeão nacional na década de 70, que popularizou entre nós a expressão "No comments". Chamava-se Jimmy Hagan. Era homem de sorriso difícil e poucas falas. Só dizia aquilo que entendia ser indispensável. Com ele, o jornalismo especulativo - capaz de transformar um grão de ervilha nas cataratas do Iguaçu - tinha tarefa complicada.
"Não comento." Duas palavrinhas apenas. Com elas, é possível marcar pontos em matéria de comunicação. E sem necessidade de impor blackouts. Nada mais simples: basta manter a boca fechada. Para que haveremos de complicar o que é simples?