Faz hoje um ano
Bruno de Carvalho parecia ainda de pedra e cal na presidência do Sporting. Pelo menos era isso que garantiam os membros da sua corte que permanecia por desmembrar.
Olhando já em frente, no entanto, comecei aqui a lançar nomes para a sua sucessão. Numa série diária que havia de prolongar-se por algumas semanas. Começando por José Couceiro, antigo candidato à presidência do nosso clube e sobrinho-neto do campeoníssimo Fernando Peyroteo.
Olhando também em frente, já para o novo ciclo que antecipávamos para o clube de todos nós, o Pedro Azevedo publicou no És a Nossa Fé um extenso artigo, de profunda reflexão com ideias sobre o Sporting que vale a pena reler na íntegra.
Transcrevo um excerto:
«Não nos podemos estar sempre a queixar, temos o dever de cidadania leonina de nos informarmos, nos envolvermos, de participarmos activamente na vida do clube, trazendo valor e mostrando ao mundo que somos realmente diferentes e pela positiva, mais ainda agora que a imagem pública do clube está degradada e que urge recuperá-la. Parafraseando John Fitzgerald Kennedy, mais do que lamentarmos o que o clube não faz por nós (ou ficarmos à espera do que o clube pode fazer por nós), afirmemos aqui aquilo que podemos fazer pelo clube. Levantemo-nos, leões!!!»
E que mais, nesse dia 22 de Maio de 2018?
O Edmundo Gonçalves mostrava-se profundamente desconfiado com alguns nomes de que já se falava para a sucessão de Carvalho:
«Vi que vale tudo, no aproveitamento da mais que provável e quanto a mim desejável demissão do conselho directivo. Perfilam-se os do costume, basta ver as ligações que têm entre si, basta ver as fotos dos jornais de hoje, basta estar atento. Começou o assalto ao poder. A coisa está escura, mas se não estivermos atentos, em breve estará de novo preta.»
O Luciano Amaral reflectia sobre o desastre comunicacional do consulado que estava prestes a terminar:
«Um clássico sportinguista é dizer que a Comunicação Social é benfiquista e só dá destaque positivo ao Benfica e negativo ao Sporting. Pois esta época o presidente do Sporting conseguiu sempre retirar o Benfica da luz negativa da Comunicação Social e pôr lá o Sporting. Até chegarmos a esta semana horrível.»
O Duarte Fonseca fazia um balanço muito negativo do percurso de Jorge Jesus em Alvalade:
«Voltou a demonstrar que é um treinador medroso e que, apesar de ter um dos melhores plantéis da história do Sporting (100% escolhido por ele), e, provavelmente, o melhor do campeonato, só conseguiu ficar em terceiro lugar. A gestão do esforço da equipa ao longo da época foi do mais absurdo que tenho visto e só há um responsável por isso, que é o próprio treinador.»
O João Távora fazia um apelo ao nosso capitão: «Fica connosco, Rui.»
Num registo totalmente diferente, o António F. lembrava que o escritor caboverdiano Germano de Almeida, galardoado na véspera com o Prémio Camões, mencionou o nosso Sporting na sua obra-prima o Testamento do Senhor Napomuceno da Silva Araújo.
Valia-nos a literatura...