Faz hoje um ano
Prosseguia o psicodrama no Sporting, pelo quinto dia consecutivo.
Que mais sucedeu? Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral, eleito duas vezes na lista de Bruno de Carvalho, anunciou a retirada do apoio ao Conselho Directivo e exigiu a demissão do líder leonino em declarações à TSF.
«Com Bruno de Carvalho não há paz no Sporting. Ou o próprio Bruno de Carvalho toma a melhor atitude para respeito do que os sócios querem ou nós utilizaremos toda a nossa competência estatutária para fazer regressar a paz ao Sporting», afirmou o dirigente máximo da assembleia geral. Sublinhando: «Estão esgotadas as hipóteses de manutenção da actual presidência. O tempo urge, não há tempo a esperar, e eu espero que ele tenha consciência disso.»
Bruno de Carvalho não tardou a reagir, sempre no Facebook. Dizendo-se «a caminho do hospital», publicou um postal anunciando que iria propor a convocação de uma assembleia geral, enquanto acusava Jaime Soares de ser «um foco de problemas». E vaticinou: «Ele sairá pela porta pequena.»
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Outra jornada muito movimentada, aqui no blogue. Com dezanove textos publicados nesse dia 9 de Abril de 2018.
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Escreveu o Edmundo Gonçalves:
«Achei alguma piada (desconforto, melhor dizendo) ouvir as claques chamarem "filho da puta" ao presidente do seu clube e exigirem a sua demissão. Dizem em comunicado que estão apenas com o clube. Acredito, desde que impediram a contratação de Mourinho e esconderam os votos numa eleição, que se têm portado como meninos de coro. Desde que vá pingando...»
Escreveu o Pedro Azevedo:
«Para mim, o clube estará sempre em primeiro lugar. Por isso, embora não queira que Bruno de Carvalho continue e compreenda a indignação quase generalizada, não vaio, não apupo, não injurio. Apenas fico triste, muito triste.»
Escreveu o Pedro Bello Moraes:
«Começo por confessar: gritei, assobiei e vaiei Bruno de Carvalho. Tinha de o fazer. Não ficaria de consciência tranquila se não o fizesse. Era, à luz do meu sportinguismo, uma obrigação. Um imperativo cívico, também.»
Escrevi eu:
«Gostei de ver os sportinguistas aplaudindo o grupo de trabalho, que mostrou união na forma como celebrou os golos. Inequívocos e sintomáticos os lenços brancos e apupos a um isolado e triste Bruno de Carvalho.»
Escreveu o Ricardo Roque:
«Daria para rir se não fosse trágico. Tão triste que, pelos vistos, o pior ainda está para vir. Mas há, desde já, uma conclusão irrefutável: o Presidente divide. Nem a sua base nem os seus escolhidos consegue já manter unidos em seu redor. E da conclusão há que tirar consequências! A bem do Sporting.»
Escreveu o João Távora:
«O problema está em saber como se lida com um homem tresloucado, com muito poder destrutivo, e como se poderão minimizar os danos deste tumulto até que se vislumbre uma solução, que só pode ser encontrada através da convocação de eleições e numa nova liderança do clube.»
Escreveu o Francisco Melo:
«Já tive vergonha alheia, mas agora o estado é mesmo de pena, ao ver um sportinguista, que se bateu como um leão pela recuperação do nosso clube, degradar-se tão repentina e aceleradamente, rumo a um desfecho que não será nada bom para o próprio. Que tudo isto termine rápido, são os meus votos.»
Escreveu o Tiago Cabral:
«Vemos que afinal toda a união que era proclamada em torno de um projecto, afinal nem pés de barro tinha. Hoje o que sabemos é que Bruno de Carvalho apenas e só se interessa por aqueles que, acefalamente, o seguem e que nunca por nunca têm a ousadia de o questionar, de dele discordar. Todos os outros são inimigos a quem deve ofender e denegrir.»
Escreveu a Zélia Parreira:
«Eis que surge novo comunicado. Nova prosa ofensiva, novo disparar em todas as direcções, novo ajuste de contas violento e demonstrativo de um absoluto desnorte. Mesmo que tenha razão, Senhor Presidente, perde-a toda com este comportamento que não posso descrever a não ser como paranóico.»
Escreveu o JPT:
«Bruno já caiu, apenas ele não o terá percebido, porventura nisso acompanhado de alguns poucos dos seus indefectiveis.»
Enquanto o Duarte Fonseca publicava uma fotografia de João Benedito, de polegar levantado, sob o título «Be prepared.»