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És a nossa Fé!

Faz hoje um ano

 

Virar de página: num ventoso fim de tarde no campo do Estoril, deixávamos três pontos, abandonávamos o topo do campeonato e começávamos a dizer adeus a mais um título que havíamos ambicionado.

Este jogo não contou com a presença de Bruno de Carvalho, que na véspera fizera um inesperado ultimato aos sócios, reunidos em assembleia geral para aprovarem alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar leonino: numa intervenção destemperada e colérica, o presidente ameaçara renunciar ao cargo e provocar a demissão de todos os órgãos sociais se não obtivesse um reforço de poderes para expulsar alguns sócios.

Antes do Estoril-Sporting, e a propósito deste assunto, publiquei aqui as seguintes linhas:

«Não quero, neste concreto domingo, ver-nos dispersados e fragmentados em inúteis querelas intestinas nem ver levantada mais poeira inútil no bate-boca com outros clubes. E rejeito o empurrão real ou virtual de adeptos para a porta de saída, em inadmissíveis processos de purga interna semelhantes aos das seitas extremistas. As batalhas travam-se em campo, não fora dele. E contra adversários, não contra companheiros de bancada.»

 

Também antes da nossa derrota na Amoreira, o Pedro Azevedo expressou assim a sua opinião sobre o momento leonino: «Numa semana conturbada, marcada por um timing de marcação de uma Assembleia Geral inoportuno - porque não após o final da temporada? -, em que, com o Sporting já vencedor de uma Taça da Liga e líder do campeonato nacional, vemos o presidente do clube a ameaçar demitir-se e pedidos nas redes sociais a solicitar a demissão do presidente da Assembleia Geral. Que os nossos jogadores, no campo, saibam dar os tiros certos: não nos pés, mas sim nas redes da baliza de Moreira.»

 

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Não podia haver gestão mais desastrosa do clube. Quando acabávamos de vencer pela primeira vez a Taça da Liga e seguíamos no comando do campeonato, Carvalho abria uma crise totalmente artificial, desconcentrando jogadores, equipa técnica, sócios e adeptos. Pondo-se no centro do palco e fazendo atrair para si todas as atenções.

«Sou jornalista há alguns anos e ainda me surpreende a fantástica capacidade que o Sporting tem de implodir e causar problemas a si próprio, mesmo nos bons momentos.» Palavras de Bernardo Ribeiro, um dos responsáveis editoriais do Record, publicadas nesse mesmo dia.

 

«Se Bruno Carvalho quiser sair, que saia, que se demita, no entanto ninguém o está a forçar. O que não é aceitável é que ameace os sócios, alguns com mais anos de filiação que ele e indiscutível sportinguismo. O que o presidente fez ontem é feio, a prática tem um nome, chantagem. Temo que em próxima Assembleia-Geral a estratégia acabe por surtir efeito, embalados por alguma vitória os sócios acabem por ceder. Por mim, continuará presidente até ao fim do mandato, mas não lhe passo um cheque em branco. Nem a ele, nem seja a quem for», escreveu o António de Almeida nesse funesto dia 4 de Fevereiro de 2018.

 

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Logo depois do jogo - em que o Estoril foi claramente superior e esteve mais próximo de marcar o 3-0 do que nós de reduzirmos para 2-1 - eis algumas reacções epidérmicas no És a Nossa Fé:

 

«De caras para a baliza e com ela aberta fomos exí­mios a denunciar as más condições do relvado. Magní­fica argumentação na flash interview a explicar as verdadeiras causas do acontecido. O vento, claro - então não se viu logo? Ficamos assim todos mais descansados sem o incómodo nem as responsabilidades de estar em primeiro lugar», ironizou o José Navarro de Andrade.

 

«Faltavam Dost e Gelson. O treinador, em vez de moralizar aqueles que podia utilizar - e já depois dos episódios Wendel e Lumor - , entrou numa espiral de choradeira que incluiu um "Gelson e Dost são mais de 50% da equipa". (...) Depois, os jogadores, alegadamente, precisavam de tempo e treino para conhecerem as ideias de jogo do treinador e poderem jogar, mas Ruben Ribeiro entrou logo na equipa. Ah e tal, é porque é "avançado", explicou Jorge Jesus, mas Rafael Leão, o único ala disponível com as características que Jesus precisa, continua fora das convocatórias», criticou o Pedro Azevedo.

 

«Entrámos em campo, às 18 horas, no comando do campeonato e terminámos no terceiro posto, em igualdade pontual com o Benfica e menos dois pontos do que o líder, FC Porto (que tem meio jogo ainda por disputar, precisamente contra o Estoril)», anotei eu.

 

O mais sintético, aqui no blogue, foi o Edmundo Gonçalves: «Cada um escolhe o seu caminho. E de insubstituíveis está o cemitério cheio.» O título já dizia muito: "Harakiri".

{ Blogue fundado em 2012. }

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