Faz hoje um ano
Andava no auge a polémica em torno da cartilha lampiânica e dos sabujos prosélitos da coisa, vários dos quais amesendados.
Por cá, não poupávamos nas palavras - reflexo da nossa legítima e genuína indignação. Eis excertos de alguns textos aqui publicados a 6 de Janeiro de 2018:
Escreveu o Pedro Azevedo: «Custa-me ver um deputado da República portuguesa, Helder Amaral, e um ex-governante, Francisco José Viegas (este, em particular, pessoa erudita e que oiço e leio sempre com muito agrado), num tu-cá-tu-lá televisivo, na CMTV, com o comentador "independente" Carlos Janela. Muito mal anda o nosso país quando duas pessoas que tiveram ou têm responsabilidades na vida pública portuguesa se expõem a contracenar com este "actor" do nosso audiovisual. (...) O mesmo senhor que, enquanto comentador "independente" da CMTV, convidava os sócios do Sporting a votarem em Pedro Madeira Rodrigues, com pérolas como "não tenho a menor dúvida de que Bruno de Carvalho foi goleado no debate televisivo" ou "Pedro Madeira Rodrigues pode ganhar as eleições". Viu-se, foi só uma margem de erro de uns 90%!»
Escrevi eu: «Pelo que já foi divulgado, a careca do Janela ficou ainda mais à mostra. Aquela "entrevista" de Setembro de 2016 a Vieira no Jornal das 8 foi cozinhada pela cartilha - até com perguntas escritas de antemão para que figuras de corpo presente como o Donaltim se prestassem a debitá-las conforme podiam, em caricatura real do boneco do ventríloquo. (...) Hoje sabemos que estas palavras nem eram dele, mas do Janela. O que só demonstra até que ponto esta gente é capaz de tudo.»
Escreveu o JPT: «Há anos ele [Diamantino] treinou o Costa do Sol (de Maputo), antiga filial do Benfica e que com este clube mantém relações de proximidade - as quais, com toda a certeza, originaram a sua contratação. Lá acabou ele por expressar que no país são "todos ladrões". O governo considerou as declarações um "assunto de Estado" e ordenou a sua expulsão de Moçambique , por evidente desrespeito pelas instituições contratadoras e pela sociedade de acolhimento. Por "tuguismo", como por lá tanta vez se diz. É este Diamantino, tão célere na crítica ao alheio externo, que agora aqui se presta ao sabujo papel de falso entrevistador, tecendo loas ao seu patrono.»