Faz hoje um ano
Afinal Niculae não regressaria ao Sporting. A 31 de Janeiro de 2013, a direcção leonina passou o dia em contínuo ziguezague, fazendo os adeptos passar rapidamente da euforia à frustração. Num comunicado matutino, anunciava a contratação. Num segundo comunicado, divulgado menos de uma hora depois, aludia apenas à "possível contratação do atleta Marius Niculae", estando o regresso ainda dependente de um "parecer final" pelo facto - aparentemente desconhecido pelos responsáveis do Sporting - de o goleador romeno ter jogado antes em dois clubes naquela temporada oficial 2012/13, não sendo admitida a sua inscrição em Alvalade, de acordo com o regulamento de transferências da FIFA.
À noite, confirmava-se o que muitos já receavam: Niculae não viria. Terceira contratação abortada em 48 horas, após ter falhado a vinda de Paulo Henrique e Kléber: encerrado o prazo de inscrição de jogadores, Jesualdo Ferreira teria de contar só com Wolfswinkel como opção para o eixo central do ataque.
Um dia alucinante. Espelho de um clube alucinado.
"Em pouco mais de um ano passámos por quatro treinadores, contratações milionárias falhadas, venda de jogadores por tostão e meio ou mesmo oferecidos, demissões de vices, demissões de administradores da SAD e directores do futebol, casos de espionagem interna, depósitos em contas de equipas de arbitragem. Chegamos hoje, dia 31 de Janeiro, à vergonha de sermos gozados como o clube que contrata (ou afinal não contrata) um jogador que não pode jogar até final da época. Esta direcção não é apenas incapaz, é uma direcção incompetente e que lesa o bom nome do Sporting", concluía o Tiago Cabral.
Era cada vez mais difícil não lhe dar razão.