Faz anos o Balakov
Sei e não me esqueço da data de aniversário de Balakov (e um ou outro mais). Não me importo: é uma das marcas que a adolescência me deixou.
Vale a pena recordar Balakov nesta recente entrevista que faz recuar no tempo e voltar a sonhar com aqueles anos do médio búlgaro no Sporting. Voltei a ter 15 a 19 anos, a ir para o estádio antigo, sentar-me em bancadas sem cadeiras.
Bem sei que este tempo não volta, a altura em que o futebol era menos espectáculo em vários sentidos, só da sua massa e não de todas, quando não era um evento onde tinha de se estar para tirar umas fotos a provar a paixão (eu também tiro fotos no estádio, os tempos são outros, só isso).
Foi num Sporting - Sporting de Braga de 92/93 que se tornou óbvio para mim que Balakov era o melhor jogador do Sporting. Se calhar não foi cedo, mas foi o meu momento. Nessa noite, só vi Balakov, parecia que se salientava realmente no campo. A partir daí passou a ser o meu indiscutível favorito (eu gostava dos campões do mundo de Riade e Lisboa, ainda não se chamava formação, mas eram os nossos, mas não era a mesma coisa. Aquele era mesmo o melhor de todos).
Em 94 tirei uma fotografia com Balakov. Não era meu hábito, já para pedir autógrafos era tímida. Mas ainda hoje dou graças por ter tirado esta relíquia. Muitas saudades destes dias, do futebol do Sporting e de Balakov.