Estranhos fenómenos
Ao intervalo estava tudo tranquilo. Os 3+1 da frente criavam o vendaval que deles se esperava, deixando a cabeça dos defesas em água, e era só calibrar um pouco mais os remates que o golo haveria de aparecer. Só uma questão se mostrava intrigante, a defesa, estes mesmos jogadores que nos últimos dois anos saíam a jogar de pé para pé com toda a eficácia, pareciam inquietos e confusos; Neto estava em noite não e o próprio Coates alivia umas biqueiras sem nexo. Devido a tão estranho fenómeno tantas vezes o jogo não chegava onde devia. Mas o esclarecido Amorim substituiu Neto por M. Reis e tudo se resolveria como de costume.
Mas não.
Num lance de bola parada de manual sofre-se um golo tirado a papel químico do segundo em Braga. Depois de ver em casa a repetição repara-se que o central de marcação nem salta, até se encolhe! 3' depois o mesmo central, muito mal posicionado, rodopia para o lado contrário e abre uma avenida ao extremo do Chaves que cavalgou até à baliza.
O que a seguir se passou nunca tinha acontecido desde que Amorim é treinador do Sporting, uma equipa totalmente desorientada, sem discernimento, a insistir no erro, que é que o que faz quem não sabe o que fazer.
Isto não tem nada a ver com tácticas ou equipa mal montada, ou falta de jogadores. É qualquer outra coisa da ordem do anímico. O que se passará?