Estou preocupado
Foto Lusa
Marcel Keizer, mostrando a sua pior face de treinador medroso, fez entrar em campo na Supertaça um onze hiperdefensivo contra um Benfica desfalcado de vários titulares da época passada e cheio de miúdos da formação, um dos quais em estreia, de pé trocado, pela ausência do habitual lateral direito. Medroso, repito. Como se o Sporting fosse o Paços de Ferreira a jogar na Luz.
A estratégia falhou em toda a linha, o resultado ficou à vista: fomos goleados como se o Sporting fosse o Tirsense.
Ao contrário de Frederico Varandas, que nunca se mostrou tão infeliz ao exprimir-se em público como na noite de domingo, eu estou preocupado.
Muito preocupado.
Desde logo por ver o presidente do Sporting recorrer ao rudimentar glossário do seu antecessor, utilizando um vocábulo que nunca devia ter usado na comunicação em discurso directo devido às conotações profundamente negativas da palavra «chato» na história recente do nosso clube. Depois porque, ao falar como falou, demonstra ser o único sportinguista que não parece preocupado com o estado físico, anímico e competitivo da equipa, o que o põe de passo trocado com a massa adepta.
Se o Sporting 2019/2020 já se mostra tão débil ainda com Bruno Fernandes, imagino como será sem ele. Sobretudo não tendo havido plano B para prever a ausência do capitão leonino, como todos percebemos na pré-época.
Por isso estou preocupado também.