Este é o caminho
Há três anos batemos no fundo. Afastados da competição pelo título logo nas jornadas iniciais, sem acesso às competições europeias pela segunda vez na nossa história e com a pior posição de sempre no campeonato - um impensável e vergonhoso sétimo lugar.
Não faltou então quem nos traçasse os piores vaticínios. E muitos de nós, valha a verdade, comungávamos dessa opinião: o Sporting caíra num buraco de onde era muito difícil sair.
Mas saiu. Graças ao dinamismo de um presidente que dá tudo quanto pode e quanto tem do seu tempo e do seu ânimo pelo clube. Iniciou a recuperação financeira do Sporting, inaugurou o canal de televisão, recuperou passes de jogadores, contratou outros que figuram entre os nossos melhores de sempre, trouxe para Alvalade três dos mais categorizados treinadores portugueses, ampliou o número de sócios, fez disparar as receitas, registou as maiores assistências de que há registo no estádio, o pavilhão tão sonhado está enfim a ser erguido.
Bruno de Carvalho prometeu que o Sporting voltaria a ser respeitado e temido. Também esta promessa se concretizou. E em nenhuma tanto como nesta época, concluída com a nossa melhor pontuação de sempre, mantendo-se a incerteza pela conquista do campeonato quase até ao último minuto da competição. Chegamos ao fim com o apuramento directo para a Liga dos Campeões concretizado, com mais nove pontos do que os obtidos há um ano e sobretudo com a certeza de termos posto fim ao longo ciclo dos campeonatos com vencedor conhecido ainda antes de ser dado o pontapé de saída. Esse ciclo terminou e não volta mais.
Este é o caminho. Sem revoluções mas com evolução. Passo a passo, época a época. Cada uma melhor que a outra. Nada se consegue verdadeiramente sólido sem este percurso consistente.