Estão mesmo loucos, os deuses de Alvalade
Tinha aqui registado o facto, em post publicado a propósito do jogo com o Marítimo.
Voltaram hoje a colocar a sua mão protectora sobre os nossos jogadores, de tal forma que um jogo que estava condenado a um resultado desgraçado, acabou por correr tão bem.
A coisa começou razoavelmente, mas um tropeção de André Pinto permitiu que um ucraniano surpreendido marcasse um golo que teve o condão de trazer dois autocarros para dentro de campo, que estacionaram frente à baliza dos da casa e de adormecer os nossos, que parece terem entrado em modo Feira Popular e entrado todos no carrocel, de tal modo iam andando às voltas do autocarro, sem sairem do mesmo lugar.
Antes do intervalo, Nani teve a mesma surpresa que o ucraniano aos dez minutos, mas não teve o engenho de desfeitear o redes contrário, nem mesmo à cabeçada.
No segundo tempo os autocarros fizeram uma manobra complicada e mudaram-se para a frente da outra baliza, onde os da casa iam defendendo com facilidade as ténues investidas dos nossos, que não atavam, nem desatavam.
Estávamos todos a ver que as viaturas e os nossos jogadores ganhavam raízes naquele ervado, correndo-se o risco que a movimentação lenta até ali, se tornasse parada. E como sabem, barco parado não move montanhas (diabo, isto não é assim, até eu estou a ficar um pouco louco), daí que aquilo que todos temíamos que acontecesse aos 85 minutos, acabasse por acontecer um quarto de hora mais cedo e por incrível que pareça, a rapaziada começou a correr que nem doidos por ali abaixo, fintando os dois autocarros como se não houvesse amanhã, depois de Peseiro, outro que deve estar um pouco doido, fazer as substituições que todos estávamos a ver que deveria fazer logo na volta dos balneários. Ainda assim, como que para não fugir à regra, Jefferson deixou que se lhe parasse o cérebro por volta dos 80 minutos, quase deitando tudo a perder, mas como disse lá atrás, havia hoje outra vez uma mão protectora sobre o Leão e dois ucranianos surpreendidos tiveram todo o gosto em imitar Nani e o calafrio acabou por dar ainda mais ânimo aos leõezinhos que num golpe de malabarismo de Montero, caía o minuto 90, empataram o jogo, o que apesar da pasmaceira era mais que merecido. E ficámos todos satisfeitos com o resultado e a "rezar" na pele do árbitro, que ainda consentiu que se jogassem mais cinco minutos, o sacana (compensação mais que justificada, tanto foi o tempo perdido pelos ucranianos nas idas às couves). Por obra e graça dos deuses, quiseram os jogadores fazer-nos a agradável surpresa de ainda correr mais um pouco e ir à procura do "prejuízo" e não é que apanharam os ucranianos em contra-pé e Jovane fez a redondinha beijar o véu da noiva pela segunda vez em pouco mais de quatro minutos.
E pronto, o que tinha tudo para correr mal, contrariando até um tal de Peter, correu muito bem.
Os deuses de Alvalade só podem mesmo estar loucos. Que assim continuem.