Estamos a jogar à bola
Mesmo que o texto não fale de boxe e sim de futebol, mesmo assim, o título não é redundante. Porque não era nada claro que num passado recente jogássemos à bola. Nesse tempo, exasperantemente, os nossos limitavam-se a dar umas corridas sobre a relva atrás da bola. Na dita lá iam dando uns chutos mas sem convicção e, como se não bastasse, sem direcção, invisíveis que eram as linhas de passe, incapazes que eram os jogadores de as inscreverem, mergulhados que estavam na profunda inércia. E metê-la na baliza adversária, claro, era um custo.
3 jogos 13 golos é um rácio que dá ânimo mas também esperança numa época que, afinal, nos poderá sorrir. Sorrir, aliás, é o que hoje fazem os nossos em campo. Alegres, bem na pele técnica e tática de Keizer.
A equipa respira saúde. Joga para ganhar e ganha. E isso é mesmo jogar à bola.