Sporting B
O Sporting B iniciou ontem a sua participação na Liga 3 com a visita ao Real Massamá, num final de tarde frio e ventoso (a tal "onda de calor" esteve mesmo ausente e à hora que escrevo este post isto parece mesmo um dia de inverno), empatando 0-0 num jogo nem sempre bem jogado que dominou de princípio ao fim. Eu sei bem que foi assim, porque foi a primeira vez que voltei a uma bancada dum estádio desde aquele dia em que Rúben Amorim chegou ao Sporting.
É a segunda época da renascida equipa B. Com Godinho Lopes tivemos a melhor equipa B de sempre, com Esgaio, João Mário, Dier, Bruma, Arias e muitos outros, mas depois Augusto Inácio e Bruno de Carvalho encarregaram-se estupidamente de a destruir com Dramés, Sackos e Gazelas, muitos autocarros de entulho chegaram de facto a Alcochete nesse tempo, trocando-a por uma equipa de sub-23 em que ex-juniores voltam a defrontar outros ex-juniores nuns joguinhos bonitos de ver e pouco mais.
Nesta Liga 3, como na 2, a música é outra. Marcações em cima, não há espaço nem tempo para adornar o lance, há que pôr o físico e executar bem e depressa, ou seja, além da capacidade técnica de cada um. Este espaço de competição permite dotá-los das ferramentas necessárias para terem sucesso no futebol profissional. Como aconteceu com jogadores como Beto, Miguel Garcia, José Fonte, Custódio e muitos outros, além dos que mencionei antes.
Por outro lado, e se os resultados são secundários relativamente à evolução dos jogadores, o Sporting B entra sempre em campo para ganhar a adversários menos dotados tecnicamente, exactamente aquilo que acontece em quase todos os jogos da A.
O Sporting B partilha com a A os princípios do jogo: sair em construção, atrair para romper, variar o flanco, etc, mas joga em 4-3-3, sistema que permite outra liberdade a cada jogador relativamente ao 3-4-3. Faria sentido jogar no mesmo sistema da A? Mas que sistema irá utilizar o treinador que vier a seguir a Amorim? Com certeza a questão foi analisada e decidiu-se por manter na B o sistema de jogo comum a toda a formação do clube. Amorim depois trata da adaptação necessária do jogador que pretende promover.
Na época passada tivemos uma equipa B com bom desempenho mas em que se percebia que havia muita gente sem o talento necessário para chegar algum dia à primeira equipa, e uma equipa sub23 a perder jogos sobre jogos mas com dois ou três elementos de grande talento.
Dessa equipa B muitos saíram do clube, ainda agora vimos Nuno Moreira e Tomás Silva a jogar pelo Vizela, e aqueles da sub23 que referi agora estão na B. Vieram ainda meia-dúzia de reforços que pensava que se iriam estrear neste jogo, mas por alguma razão que desconheço estiveram ausentes.
O Sporting B alinhou com:
André Paulo (24); Hevertton Santos (20), Chico Lamba(18), João Goulart (21), Gonçalo Costa (21); Edu Pinheiro (23)[C], Dário Essugo (16), Geny Catamo (20); Bernardo Sousa (21), Joelson Fernandes (18) e Paulo Agostinho (18). Jogaram depois Rafael Fernandes (19), João Daniel(19), Lucas Dias (18), e Tiago Rodrigues (20).
O melhor em campo foi claramente Essugo, um "panzer" no meio-campo sempre a procurar meter velocidade no jogo e a variar jogo com critério. Depois dele, Hevertton e Joelson, a qualidade está lá mesmo que não tenham resolvido o jogo como muitas vezes conseguem. Depois há um ou outro que têm de melhorar muito para justificar a presença, em particular o Chico Lamba e o Paulo Agostinho. A capacidade física está lá, mas o resto...
Quanto ao Edu Pinheiro, se calhar está lá pela braçadeira e entende-se. Sobre André Paulo (o outro mais velho) de longe parece Adán mas pelo que teve que fazer pouco mais posso adiantar.
Se quiserem o relato do jogo ou o desempenho da árbitra podem ler noutro sítio, eu fui lá para apreciar os jovens que entraram em campo com a camisola do Sporting. E sempre que se proporcionar tentarei estar presente.
#OndeVaiUmVãoTodos
SL