Enxurrada
É uma verdadeira derrocada por que passa o Sporting. No passar dos dias, que contam como anos, começa a ser evidente que a irredutibildiade de Bruno de Carvalho está a gerar uma cascata de complicações e problemas cada qual mais ruinoso do que outro.
O primeiro e principal pólo, claro que é Bruno de Carvalho, o Calígula. Cuide-se que, ao contrário do que se diz, ele não está louco mas, bem pior, é um mitómano furioso.
O segundo desastre é o facto de a hipotética solução do problema ter transitado para a jurisprudência, ou seja para a mão de gente empenhada em não mais do que sobressair com malabarismos espertos e capciosos. Nunca haverá saída para o transe do Sporting se a procurarmos em sentenças judiciais redondas e rebuscadas, redigidas em latinório de sebenta, abertas a tantas interpetações quanto estrelas há no céu.
A terceira desolação é constatarmos que nesta autêntica tourada só o inefável Jaime Marta Soares se tem aplicado a pegar Bruno e quase sempre de cernelha. E os croquetes? Encolhidinhos atrás das tábuas. E "as forças vivas"? A dizer olé da bancada. É isto afinal o Sporting?
A quarta calamidade, e talvez a mais aflitiva, é a profunda, que bem pode já ser irremediável, desconfiança de qualquer investidor e patrocinador em juntar o seu nome e o seu capital ao Sporting. Seja o Sporting de Bruno, o que já é uma evidência, seja o Sporting pós-Bruno, qualquer que fôr, por sequer conseguir imaginar hoje o estado em que ele possa ficar.
Estamos numa queda sem fundo onde bater. E amanhã começa o Mundial, este sarilho, que já cansa, sairá da ordem do dia, e daqui a um mês estaremos cheios de nada.