Emoções
Ver um jogo de futebol do Sporting cansa. Alguém poderá perguntar se também jogamos. Sim, jogamos, vivemos o jogo com uma intensidade e ansiedade de tal ordem, que chegamos ao fim de rastos. É uma concentração de tal forma tão forte, que estamos a " ver " e a sentir como estivessemos dentro das quatro linhas. As reposições de bola do Adán causam por vezes arrepios, os passes de Neto na queima fazem-nos franzir o sobrolho, as biqueiradas sem nexo do Coates tentando colocar a bola nos alas, dá-nos vontade de lhe chamar um grande palavrão. Quando Nuno Mendes tem a bola, a nossa perna esquerda parece que quer acompanhar aquele bocadinho que falta, para o cruzamento chegar em condições ; quando Feddal salta antes de tempo, abanamos a cabeça e dizemos "anjinho". A bola chega a Pedro Gonçalves, a esperança e a força que fazemos para que a coisa corra bem no passe ou no remate alivia um pouco o stress. Esquecia-me do Jovane, pudera parece que já não contamos muito com ele. A bola chega a Nuno Santos, vá lá avança, vai para cima do defesa, o nosso corpo inclina-se para ajudar no drible; Maheus passa ali ao lado, com aquele rosto de pau frio, demasiado frio para o meu gosto. Até que enfim, a bola chega ao Palhinha, autoritário, sentimos o nosso sofá mais confortável, descansamos um pouco. Perguntam vocês, e o Porro? Porra que o homem corre muito, mas ontem cansou-se mais depressa do que eu. Já eu pedia a todos os santinhos para entrar o Sporar e fazia-o, porque acreditava que ele capaz de tirar a rolha, quando Amorim fez-me a vontade e com ele lá foi o Bragança, um TT e um Inácio que nos ajudou cá atrás depois ...de 96 minutos a sofrer. Sabem uma coisa? Fui-me deitar cansado, mas contente. Estamos em segundo, mais perto do primeiro, do que o terceiro de nós. É o nosso SPORTING!!!!