Em estado de negação
À atitude que se baseia na tentativa, normalmente sem sucesso, de um indivíduo ou de uma coletividade de natureza variável, em ignorar a realidade dos factos ou esconder a verdade evidente, chamamos vulgarmente de estado de negação. Há uma imagem típica associada que é a de "enfiar a cabeça na areia", como a avestruz. O tempo resolve, acreditam. Mas a história está cheia destes episódios, muitas vezes com fim trágico.
Nos nossos dias detetamos uma amargura, uma vergonha até, de incrédulos agremiados de uma instituição que se reclama de milhões e milhões de seguidores, por factos tornados públicos correspondentes a uma vergonhosa atuação de membros com responsabilidades na instituição. Coisa de polícia, até.
Apesar da realidade dos factos, os cartilheiros puseram a funcionar de forma muitas vezes ridícula e patética, alguns até com níveis de deficiência ao nível da mente, a narrativa da inocência, da perseguição e da vitimização, da separação entre pessoas e clube - é de um clube que tem nome de bairro de Lisboa que se trata - agora que tudo corria tão bem. De facto a época tem sido uma maravilha no futebol e até nas modalidades amadoras. Numa coisa têm ganho, na frequência de visitas da PJ ao seu estádio.
A prova da perseguição ai está: o que está em segredo, na justiça, não pode andar na praça pública. Ironia do destino pois um dos factos por que são acusados foi justamente terem roubado peças processuais que silenciosamente repousavam na justiça, em segredo.
A questão principal é mesmo a violação do segredo de justiça? Tenham juízo! E, se não têm vergonha, continuem assim: