Ecos do Europeu (5)
Como jogaram ontem os jogadores portugueses contra a selecção checa na nossa vitória em Leipzig por 2-1:
Diogo Costa. Tranquilo. Sofreu um golo sem fazer uma defesa, coisa rara. Num remate muito bem colocado, a meia distância.
Rúben Dias. Seguro. Controlou as operações à retaguarda e nunca descurou a manobra ofensiva. Sem vacilações.
Pepe. Apagado. Incompreensível, vê-lo sem rotinas tácticas no meio de uma defesa a três. Mau alívio seu gerou golo adversário (62').
Nuno Mendes. Ousado. Ala com ordem para subir, assim fez. Sempre acutilante. Cabeceou aos 69', originando autogolo checo (69').
Dalot. Discreto. Muito mais contido do que o colega do corredor oposto, revelou défice ofensivo. Sem nunca atacar o segundo poste.
Cancelo. Confuso. Andou algo errante no corredor central e revelou pouca precisão no passe. Alguma utilidade a recuperar bolas.
Vitinha. Irrequieto. O nosso mais difícil de marcar pelos checos. Brilhou como médio de ligação, distribuindo jogo. Melhor em campo.
Bruno Fernandes. Azarado. Esteve longe de ser um dos seus melhores jogos pela selecção. Nem nas bolas paradas fez a diferença.
Bernardo Silva. Oscilante. Demorou a encontrar o seu registo neste jogo. Fundamental no centro que inicia o nosso primeiro golo.
Rafael Leão. Inconsequente. Perdeu-se em lances individuais na ponta esquerda, esquecendo-se de que o futebol é jogo colectivo.
Cristiano Ronaldo. Inconformado. Um tiro à meia-volta queimou as mãos do guarda-redes (45'), Cabeceou ao poste (87').
Gonçalo Inácio. Sereno. Devia ter sido titular, estando calejado no modelo de três centrais. Rendeu Dalot aos 63'. Merece entrar no onze.
Diogo Jota. Intenso. Mexeu com o jogo mal substituiu Leão (63'). Momento alto, o golo que marcou (87'). Anulado por deslocação de CR7.
Nelson Semedo. Discreto. Entrou aos 88' para o lugar de Cancelo, sem dar nas vistas mas também sem cometer erros.
Pedro Neto. Útil. Substituiu Nuno Mendes aos 88'. Ainda a tempo de fazer a assistência para o nosso golo da vitória (90'+2).
Francisco Conceição. Eficaz. Transformou um provável empate num inegável triunfo ao marcar o segundo. Merece aplauso.