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És a nossa Fé!

Ecos do Europeu (18)

Temos uma das oito melhores selecções da Europa

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Há jogos épicos. Ontem à noite vimos um deles. Um jogo que parecia interminável: durou duas horas (prolongamento incluído) e terminou empatado a zero. Enfrentámos a Eslovénia, em Frankfurt, nos oitavos-de-final do Campeonato da Europa e seguimos em frente. Com muito esforço, muito suor, muita ansiedade - mas valeu a pena.

Graças a um herói em campo: o melhor guarda-redes português da actualidade, Diogo Costa. Super-herói. Foi decisivo para esta vitória em vários momentos. Primeiro, ao minuto 115 com uma defesa extraordinária após suicida perda de bola de Pepe, que parecia querer rivalizar com António Silva na partida contra a Geórgia: o nosso guardião não se atemorizou perante o esloveno que se isolara à sua frente. Depois, superando-se a si próprio, ao defender três penáltis sucessivos: voou uma vez para o seu lado esquerdo e duas para o lado direito. A selecção adversária não marcou nenhum.

Devemos-lhe o triunfo. Devemos-lhe o passaporte para o próximo desafio, a disputar na sexta-feira contra a França. Foi o melhor em campo. Superior até ao gigante Oblak, que pontificava na outra baliza. 

 

Terminou bem, milhões de portugueses festejam. Caso para isso: a equipa das quinas confirma-se como uma das oito melhores da Europa.

Mas antes da festa houve drama: aconteceu aos 105', quando Cristiano Ronaldo, chamado a converter um penálti sobre Diogo Jota, permitiu a defesa do guarda-redes esloveno que já alinhou no Benfica. Ficou de rastos, incapaz de conter as lágrimas. Raras vezes lhe aconteceu tal coisa ao longo de 21 anos de carreira como futebolista profissional.

Felizmente as lágrimas duraram pouco. Um quarto de hora depois, Ronaldo redimiu-se ao regressar à marca dos 11 metros, por vontade própria: foi ele a bater o primeiro da ronda final. E desta vez não falhou. Seguiram-se Bruno Fernandes e Bernardo Silva, que também a meteram lá dentro.

Fomos mais fortes, mais competentes. Fizemos sempre mais por vencer nesta partida quase por inteiro disputada no meio-campo defensivo da Eslovénia. Tentámos muito, mas faltou-nos maior rapidez na circulação de bola e melhor pontaria no disparo final. Os números são concludentes: fizemos 20 remates, mas apenas quatro à baliza.

A França, nossa adversária daqui a três dias em Dusseldorf, não fez melhor também ontem, contra a Bélgica: 20 remates, só um dirigido à baliza. E apurou-se graças a um autogolo belga, de  Vertonghen, aos 85'. O nono autogolo neste Euro 2024. 

Além da Bélgica, também a Itália e a Croácia - outras das mais cotadas - já ficaram pelo caminho.

 

Regressando ao Portugal-Eslovénia: boas exibições de Palhinha, Cancelo, Nuno Mendes, Rafael Leão. Tivemos sempre superioridade nos corredores laterais.

Substituições tardias decididas pelo seleccionador: até ao minuto 117 só haviam entrado Diogo Jota (para render Vitinha aos 65') e Francisco Conceição (que entrou para o lugar de Rafael Leão aos 76'). A três minutos dos penáltis finais, Roberto Martínez trocou o desastrado Pepe por Rúben Neves, com Palhinha a recuar para central, e Cancelo por Nelson Semedo.

Não só tardias, mas algumas até incompreensíveis: Vitinha era o maior acelerador no corredor central e Leão desequilibrava na ala esquerda, onde Conceição passou a jogar, fora da zona em que mais rende. Como se não tivéssemos a ambição de marcar um golo antes dos penáltis finais. Como se não tivéssemos avançados no banco de suplentes.

Mas o que importa é valorizar o magnífico desempenho de Diogo Costa, primeiro guarda-redes a defender três penáltis em jogos de fases finais de Europeus. Fica imortalizado a partir de agora em imagens que já dão a volta ao mundo. E na gratidão dos adeptos portugueses.

 

Portugal, 0 - Eslovénia, 0 (3-0 nos penáltis)

Bélgica, 0 - França, 1

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