Ecos do Europeu (16)
Como jogaram há quatro dias os jogadores portugueses contra a selecção da Geórgia na nossa derrota em Gelsenkirchen por 0-2:
Diogo Costa. Infeliz. Sem culpa nos dois golos sofridos. No primeiro, traído pela defesa, nada pôde fazer. O segundo foi de penálti: esteve quase a defendê-lo.
António Silva. Inepto. Responsabilidade clara nos dois golos. "Assiste" o adversário no primeiro (2'), comete penálti que deu o segundo (43'). Enterrou a equipa.
Danilo. Imóvel. Com Pepe poupado, não foi o patrão de que a defesa precisava. Ficou a "marcar" com os olhos no primeiro golo, sem ir à dobra.
Gonçalo Inácio. Insípido. Não foi por ele que perdemos. Mesmo assim, a sua prestação soube a pouco nesta sua estreia a titular no Euro 2024.
Dalot. Indolente. Um dos responsáveis pela fraca dinâmica da selecção. Incapacidade evidente de progressão com bola. Acordou tarde: quase marcou aos 90'+4.
Palhinha. Intenso. Excelente passe para CR7 aos 35'. Fez a bola roçar o ferro com remate forte (43'). Saiu ao intervalo, de forma surpreendente: estava a ser um dos melhores.
João Neves. Inquieto. Não fez esquecer o ausente Vitinha, longe disso. Duas boas recuperações. Fez atraso de risco no lance que culminou no penálti.
Francisco Conceição. Insatisfeito. Talvez o melhor (o menos mau) dos nossos. Deu sensação de golo ao rematar à malha externa (28'). Tentou bastante, conseguiu nada.
Pedro Neto. Inconsequente. Viu amarelo aos 44' por simulação. Quase marcou de canto directo (45'+2). Desperdiçou sucessivos cruzamentos na segunda parte.
João Félix. Incapaz. O seleccionador imagina-o como segundo avançado, útil entre linhas. O suplente de Yamal no Barcelona não conseguiu ser nada disso.
Cristiano Ronaldo. Inconformado. Quase marcou, num tiro de livre directo, aos 17'. Derrubado na grande área (28'), viu amarelo por protestos. Rondou o golo aos 47'.
Rúben Neves. Inútil. Inexplicável, a troca de Palhinha por este médio sem chama que jogou todo o segundo tempo. Aos 53', viu o amarelo. Teve sorte: arriscou o segundo aos 65'.
Nelson Semedo. Intranquilo. Só substituiu Silva aos 63'. E entrou com nervos em excesso. Esteve a centímetros de marcar aos 90'+1: in extremis, o guardião evitou o golo.
Gonçalo Ramos. Invisível. Um mistério, ter entrado aos 63' para render Ronaldo quando perdíamos por dois golos. Falhou escandalosamente emenda à boca da baliza (90'+3).
Diogo Jota. Irrelevante. Substituiu o errático Pedro Neto aos 75'. Teve muito menos tempo, é certo, mas foi incapaz de mostrar melhor.
Matheus Nunes. Incipiente. Entrou só aos 75', rendendo João Neves. Em estreia num Europeu. Podia ter marcado num remate forte aos 89', mas a pontaria não estava afinada.