E vão cinco
Filipe Osório de Castro, vice-presidente cessante do Sporting que detinha os pelouros do património e da segurança, estava demissionário desde o início de Março. Soubemos todos só ontem, pela voz do presidente leonino.
É o quinto dirigente a abandonar o clube em seis meses. Depois de Francisco Rodrigues dos Santos, ex-vogal da Direcção. Depois de Cláudia Lopes, ex-directora executiva da comunicação e plataformas. Depois de Miguel Cal, ex-administrador da SAD. E em simultâneo com Rahid Ahmad, outro vogal cessante do Conselho Directivo e ex-director do Jornal Sporting.
Muita gente a sair em tão pouco tempo. Em pelo menos quatro destes cinco casos, existe um fio condutor: a súbita ascensão de André Bernardo, um turbodirigente que neste mesmo período subiu de membro suplente do CD a efectivo, com os pelouros do marketing e área comercial, e também a administrador executivo da SAD, director do jornal do Clube e membro do enigmático Conselho Estratégico de Comunicação, petit comité recém-criado que concentra hoje o núcleo duro da gestão leonina. À revelia dos estatutos.
Confrontado com a insatisfação dos sócios, entendeu só agora Filipe Osório de Castro "informar-nos" sobre o que terá conduzido à sua saída num comunicado em que nada desvenda nem esclarece. Além de chegar com mais de dois meses de atraso.
Questiono-me se é para isto que o Sporting tem agora um "Conselho Estratégico de Comunicação".