E esta m... é toda deles, olé
Admito a extrema dificuldade que sinto para entender quem autorizou o Benfica a decorar desta forma o balneário a que teve acesso, durante curtas horas e no estatuto de equipa visitante, no Estádio de Alvalade. Assim de repente, parece coisa de "conquestadores" a chegarem a terras distantes que reclamavam para a coroa espanhola.
Mas este triste episódio tem o condão de revelar uma enorme verdade. "Somos um só Benfica" poderia passar muito bem por lema desta direcção que presta vassalagem ao poder instalado e se agacha tanto quanto possível for perante quem manda, sem se preocupar demasiado com as sucessivas derrotas frente ao eterno rival que já vai redecorando o estádio com a mesma eficiência com que inclina o pavilhão e dele retira alguns dos mais promissores atletas formados em Alvalade, ainda que o latente descalabro nas modalidades esteja a ser contido pelo querer de um grupo de jogadores e treinadores de compromisso e de eleição e pela aguerrida figura de Miguel Albuquerque. Tivesse o futebol tanta gente assim tão valorosa no relvado, no banco e nos gabinetes e outro galo cantaria...
Se o perdedorismo é uma das marcas de água da presidência de Frederico Varandas, o perdedorismo militante perante qualquer equipa do Benfica é o traço cultural dominante nestes tristes tempos. Urge reencontrar a vontade de vencer, a exigência que cada um deve ter para consigo próprio (em campo ou na bancada) e em relação a todos os outros que também estão com o leão.
Caso contrário, mais valerá dar carta branca aos benfiquistas para redecorarem tudo o resto.