É chato
Excertos da longa carta que Rui Patrício fez chegar à administração da SAD leonina:
«Fui alvo de violência psicológica e física.»
«É inequívoco que foram violados os meus mais elementares direitos, legais e contratuais, e que não fui tratado pela Sporting Clube de Portugal - Futebol SAD com o respeito devido a um colaborador, que não me foram dadas, por esta, as condições necessárias para o exercício da minha profissão.»
«Fui alvo de uma conduta de assédio, que visou condicionar-me, hostilizar-me e limitar-me na minha liberdade, nomeadamente de expressão.»
«O representante máximo da SAD criticou-me publicamente, ofendeu-me, surpreendeu-me, acusou-me, processou-me. Atiçou, diversas vezes, a ira dos adeptos contra mim e contra os meus colegas de equipa, bem sabendo que alguns dos adeptos, em particular nas claques, reagem de forma primária e irracional a quaisquer declarações proferidas pelo Presidente.»
«Vivi momentos de puro terror, sem que a Sporting SAD tenha revelado qualquer preocupação - que, naquelas circunstâncias, lhe era manifesta e especialmente exigível - com a segurança dos seus atletas profissionais de futebol, deixados à mercê de um grupo violento de membros da claque.»
«Perante os factos ocorridos na Academia de Alcochete, que colocaram em risco a minha integridade física (e mesmo a vida), nada tendo sido feito pelo empregador para o evitar, não tendo sido asseguradas as condições de segurança que se impunham face ao momento que se vivia à data, revela-se totalmente insustentável a subsistência da relação de trabalho.»