Três notas sobre o jogo de sábado
1. Têm sido raras as vezes em que discordo de Leonardo Jardim. Mas não posso concordar com o que disse no final do jogo de sábado sobre Magrão. Recordo que Leonardo Jardim na conferência de imprensa disse que: Magrão, ao contrário das opiniões gerais, é um bom jogador e que sempre que foi chamado à equipa, correspondeu.
Infelizmente não posso, de todo, concordar com estas declarações. Apesar de compreender o seu alcance. Magrão significa, para mim, o tipo de jogadores que quero esquecer (e que num passado recente estiveram em força nos nossos plantéis), o tipo de jogadores que nada fizeram ou fazem para merecer vestir a camisola mais bonita do mundo. Ao contrário de Jardim, não acho que tenha qualidade nem sequer que tenha correspondido minimamente.
2. Apesar de não se ter dado relevância ao facto, na minha opinião, a entrada de Capel em campo foi decisiva para o desfecho do jogo de sábado contra o Braga. Permitiu ganhar posse de bola e verticalização, mas acima de tudo foi a entrada de Capel que fez com que Jorge Paixão sentisse necessidade de alterar a estrutura defensiva (Dabó já tinha amarelo e quando Capel entrou arrancou-lhe logo duas faltas), mudando Baiano para a direita e colocando Sasso, um defesa central, na lateral esquerda. Foi Sasso que cometeu o penalti sobre Mané, perdendo um lance interior. E foi o golo de penalti que lançou a equipa, porque até então nada perfilhava uma vitória leonina no jogo, antes pelo contrário.
3. Carrillo está a um pequeno passo de estabilizar num patamar acima do que tem demonstrado (para depois subir outro). Na primeira parte do jogo de sábado fez algo que raramente tinha feito. Ajudou sempre nos processos defensivos (evitou dois cruzamentos que poderiam levar perigo para a nossa baliza) e nos dois lances em que teve oportunidade de desequilibrar no ataque fez uma clara assistência de golo, infelizmente não concretizada. No segundo tempo desapareceu do jogo e quando teve oportunidade de desequilibrar decidiu mal. No dia em que conseguir ser consistente nos processos ofensivos (desequilíbrio e decisão) e defensivos ao longo de 65 minutos do jogo (com as suas capacidades não precisa de mais tempo em jogo) dará o salto. No sábado só lhe faltaram 20 minutos.