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És a nossa Fé!

Divagações em tempo de quarentena (1)

Tenho para mim que a fórmula de sucesso para o futebol do Sporting está há muito inventada, um plantel com 1/3 de jovens de elevado potencial, 1/3 de jogadores de classe com alguns anos de casa e o resto de "carregadores de piano" que saibam compensar com a garra e força do seu carácter as suas limitações técnicas, e por cima disso tudo um treinador disciplinador, exigente e inspirador. Foi assim com Malcolm Allison, foi assim com Boloni, podia ter sido assim com Bobby Robson.

Olhamos para o plantel actual do Sporting: dos 26 contam-se 9 sub-23, dos quais se destacam Wendel e Plata, um da selecção olímpica do Brasil, outro da selecção A do Equador, entre todos imagino que tenham um valor de mercado de cerca de 50M€. O terço de jovens de elevado potencial está lá.

Já quanto aos craques, e com boa vontade, apenas posso vislumbrar quatro: Mathieu, Acuña, Coates e Vietto.

E quanto aos carregadores de piano, os que lutam até ao fim e raramente comprometem, apenas posso vislumbrar cinco: Renan, Neto, Battaglia, Sporar e Luiz Phellype.

Sobram assim 8 em 26 que se afastam desta tipificação e que em meu entender pouco acrescentam ao plantel. Já têm 23 ou mais anos, e ou não são suficientemente bons ou não são suficientemente fortes psicologicamente, raramente resolvem e muitas vezes comprometem.

É muita gente e é gente que custou muito dinheiro. Não falando no caso muito especial de Francisco Geraldes, temos Ristovski, Rosier, Ilori, Borja, Eduardo, Bolasie (emprestado) e Jesé (emprestado) que penso que custaram cerca de 25M€. Salários à parte, excepto nos emprestados.

Obviamente que, com Rúben Amorim, um ou outro destes jogadores poderá revelar qualidades nunca vistas e demonstrar a sua importância, mas quando falamos num plantel pobre para as necessidades do Sporting este é o maior problema.

O outro é que com as saídas de Bas Dost e de Bruno Fernandes ficaram apenas quatro para fazer a diferença. E se Mathieu arrumar as botas, restarão apenas três...

SL

6 comentários

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    Anónimo 22.03.2020

    Caro Leão de Queluz,

    O Luís Lisboa recordou três treinadores estrangeiros, eu inverto a coisa, e recordo o quadriénio do Paulo Bento, porque é um ciclo bem recente, só passaram 10/14 anos, e também não vou esquecer a "prata da casa", porque era em Alcochete que o Paulo Bento justamente se abastecia, porque os recursos financeiros não eram muitos.

    Assim, é justo destacar esse quadriénio de Paulo Bento, porque acaba por ser o melhor ciclo desportivo do Sporting Clube de Portugal dos últimos 30 anos, só faltou mesmo o campeonato. Conseguimos quatro segundos lugares, três apuramentos diretos e consecutivos para a Liga dos Campeões (foi a única vez que o conseguimos), duas Taças de Portugal, duas Supertaças, e ainda nos roubaram a Lucílio Cup.

    Mas, tudo isso, com orçamentos frugais, e sobretudo com um extraordinário aproveitamento dos recursos existentes na Formação de Alcochete, recordo só os jovens formados no nosso Clube que subiram ao plantel principal nesses 4 anos de Paulo Bento: Nani, Pereirinha, Miguel Veloso, Djaló, Rui Patrício, Ronny, Carriço, Adrien Silva, e Cedric ... A propósito do Moutinho, foi lançado pelo Peseiro na temporada 2004/05, esse não foi apadrinhado pelo Paulo Bento, mas posteriormente potenciado pelo "mister tranquilidades".

    Perante estas evidências, todos nós não teremos sido de alguma forma injustos para com Paulo Bento? Na minha opinião, fez um trabalho notável, não inflacionou orçamentos, venceu 4 títulos, com 3 participações consecutivas na Champions (a única vez que o Sporting o conseguiu); e só com o Nani o Sporting encaixou mais de 25 M€ em 2007. Mas também recordo que o Sporting tinha o 3º orçamento do futebol português, tinhamos um orçamento a rondar os 30 M€, isto é, um Nani pagou uma temporada!

    Leão da Cova da Beira

    SL
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    Leão de Queluz 22.03.2020

    Caro Leão
    100% de acordo consigo, Paulo Bento foi muito injustiçado, falava-se do campeão dos últimos, mais tarde gozaram com o forever. Graças a ele, temos todos os jogadores que referiu, se não tivesse a paciência olímpica não teríamos o melhor guarda redes português depois de Damas, Rui Patrício.
    No actual contexto o Sporting tem que voltar às origens a Academia terá que ser mais valorizada.
    Saudações Leoninas
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    Luis Lisboa 22.03.2020

    Em primeiro lugar completamente de acordo com o que disseram sobre Paulo Bento, ainda me recordo do derbi final de Juniores que ganhámos no relvado secundário da Amadora, e essa fornada de excelentes miudos deu-lhe matéria prima para os anos seguintes.
    Mas mesmo nesse tempo de grande aproveitamento da formação o plantel não era constituido unicamente por jovens oriundos dos juniores, nem pouco mais ou menos.
    E o que estava a dizer é que temos neste momento uma base de jovens sub-23 (e aqui não distingo a sua origem com que idade chegaram, o Nani e o William também não chegaram com 12 anos ao Sporting como o Rui Patrício) no plantel principal, um ou outro poderá sair para rodar, mas outros iguais ou melhores poderão entrar como Bragança, Matheus Nunes e mais um ou outro.
    O problema está num lote de contratados que não revela a qualidade necessária para ser uma mais valia, ainda por cima que não foram nada baratos. Muito se poderia fazer com esse dinheiro.
    SL

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    Leão de Queluz 22.03.2020

    Uma brincadeira, ou não:
    Os adeptos do Manchester United cantam nas bancadas : Bruno Fernandes veio do Sporting como Cristiano Ronaldo! E Nani, que veio do Real Massamá, meus vizinhos, digo eu.
    Tantos grandes jogadores que a formação nos deu, várias gerações, deram cartas e ainda dão . Poderíamos constituir planteis como o Ajax, assim houvesse paciência. Haverá? provavelmente com esta crise biológica não haverá outra saída.
    SL
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    Luis Lisboa 22.03.2020

    O tempo dos autocarros de reforços todos os anos acabou.
    Da linha de montagem de Alcochete, dos infantis até aos sub-23/B, deverá sair a base do plantel principal. E investir depois em meia dúzia de craques que enquadrem os jovens e façam a diferença.
    Muito importante é que nessa formação se aposte em jovens com talento e potencial para chegar à equipa A, pondo os títulos em lugar secundário.
    SL
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