Era inevitável: palavra puxa palavra, disparate puxa disparate, e eis instalado o folhetim. Na véspera do jogo de apresentação da equipa em Alvalade, quando faltam duas semanas para começar o campeonato.
Eis uma das modalidades mais praticadas no Sporting: o tiro no pé.
Perguntas: Como foi possível ser o treinador a escolher o director desportivo em vez de ter sido o presidente a fazer tal escolha? Como foi possível equacionar o inenarrável Janela, inimigo declaro do Sporting, para aquelas funções, segundo revelação feita pelo próprio presidente? Como foi possível escolher OM como director desportivo, sabendo-se de todo o seu passado cheio de conflitos em clubes como o FCP e o próprio Sporting, de onde saiu sempre em conflito? Como foi possível mantê-lo durante dois anos no clube, estando ele desactualizado e sem capacidade para acompanhar o futebol moderno, na versão do presidente? Como é possível manter-se uma relação saudável entre treinador e presidente quando o ex-funcionário do SCP e amigo do treinador entrou em escalada verbal contra o presidente? Como foi possível o presidente alimentar essa escalada verbal entrando em despique directo com o ex-funcionário no próprio canal televisivo do clube?
É um tema árido e desgastante, que não conduz a lado nenhum e nada augura de bom para o Sporting. Neste início de época, repetem-se erros anteriores e acumulam-se erros novos. Nada parece ter sido aprendido. Nada mesmo.