Dirigismo incompetente e embusteiro
Texto de João Lopes
Maximiano, Coates, Acuña, Eduardo Quaresma, Nuno Mendes, Wendel, Plata e Jovane. Coloco um ponto de interrogação em Matheus Nunes e num ou noutro jovem que possa aparecer (Joelson, por exemplo). Alargando o critério, podemos referir Vietto, jogador do qual não sou fã.
Temos aqui pouco mais de uma dezena de jogadores, dos quais pelo menos um ou dois ainda vão sair e outros são jovens que podem não ter ainda maturidade competitiva para um candidato ao título, que é o que se quer, ainda que salvaguardando o potencial futuro. Considerando que a próxima temporada terá um calendário mais apertado, com mais jogos em menos tempo, diria que o Sporting precisará de um núcleo duro de 17/18 jogadores de qualidade.
Vamos então precisar de dois factores fundamentais: competência máxima na preparação da época, com uma taxa de acerto muito grande nas contratações, e uma equipa técnica bastante competente.
Se no segundo coloco um ponto de interrogação, já do primeiro só posso esperar o pior. A avaliar pelas três janelas de mercado por que já passaram os actuais dirigentes, a tendência preocupante é sempre a de perder competitividade, com uma catrefada de flops que custaram dezenas de milhões da "herança pesada". Esta administração não demonstra capacidade negocial nem, contrariamente ao que papagueou em campanha, um scouting de topo. Eu sei que é clichê, mas sem ovos não se fazem omeletes. Esta base é completamente insuficiente e vamos lá ver se não se acaba é por "queimar" os miúdos.
Se juntarmos a isto todo o ambiente envolvente no que ao futebol português diz respeito, altamente corrupto, com esta direcção sem capacidade reactiva e pior, aliada ao sistema que nos repele, e a todo o ambiente interno que se vive, com a implosão do ecletismo e do associativismo, diria que este "Sporting do Futuro" é tudo menos auspicioso e que cada dia que se passa a suportar este dirigismo incompetente e embusteiro não é mais do que atestar o fracasso e protelar a recuperação do Clube.
Texto do nosso leitor João Lopes, publicado originalmente aqui.