Direito à transparência
Janela "não confirma nem desmente" ser autor da cartilha lampiónica.
Nem precisa: o estilo, os temas e até o vocabulário utilizado denunciam-no. Como uma impressão digital.
Confessa entretanto o sujeito que tem uma empresa que trabalha "com vários clubes, nacionais e internacionais". Ora aí está um excelente início de conversa: saber quais são os clubes que lhe pagam, através da tal empresa. Com a certeza antecipada de que não é o Sporting, sobre o qual tem bolçado frases cheias de ódio vesgo e rancoroso. Falta esclarecer se isso também se insere no âmbito da relação de "trabalho" que mantém com outros clubes, servindo neste caso a estação de TV como involuntária barriga de aluguer.
Os telespectadores que assistem aos debates sobre futebol têm o direito - e até o dever - de exigir às empresas televisivas que esclareçam eventuais conflitos de interesses dos comentadores que contratam para os seus painéis.
Não basta reclamar transparência para o futebol em abstracto: é preciso fazê-lo no concreto. Começando precisamente por aqui.
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Adenda.
Oportuna pergunta do Mestre de Cerimónias: quantos jornalistas receberão os briefings e os usarão no seu trabalho?