Diferença Sócios / Equipa / Treinador
Depois de terminarem os jogos em Alvalade esta época, há qualquer coisa de estranho entre aquilo que foram os sócios do Sporting e a sua equipa profissional de futebol liderada por Jorge Jesus.
Assisti a quase todos os jogos e pude verificar uma coisa: os simpatizantes e sócios deram tudo pelo seu clube, pelos seus jogadores, pelo seu clube. Foram presenças constantes nas bancadas, foi um apoio incondicional ao longo de todas as jornadas, foi um acreditar, foi um viver semana a semana sempre naquela forma muito própria de ser sportinguista. Foi um empurrar sempre a equipa para o golo, para a vitória. E do outro lado, havia a mesma correspondência? Não... definitivamente não. Tivemos um treinador cheio de complexos, não quero chamar-lhe medo, mas sem alma, sem garra, defensor de um futebol lateralizado e que pouco a pouco foi incutindo isso nos jogadores (... com pequenas exceções). Enquanto nas bancadas se ouvia aquele bruá... de tentar constantemente empurrar a equipa para a frente, a bola era quase sempre tocada para o lado... e depois mais para o lado, depois voltava ao outro lado, sempre ao lado.
Não, não era este o futebol que os sócios e todos aqueles que estavam sentados naquelas bancadas queriam. Foi isto que senti, foi isto que vi ao longo desta época. Não sabemos como vai ser o jogo com o Marítimo, mas seja qual for o resultado, os sócios e simpatizantes do Sporting mereciam outra coisa, mereciam no campo e no banco alguém que percebesse e que soubesse o que é ser sócio do Sporting.