Devíamos trazer já o Matheus Reis
Texto de João Rafael
O Sporting por vezes faz-me lembrar aquelas boas velhas equipas italianas: intensidade defensiva, mas sem nunca estar encostado às cordas ou perder o controlo do jogo. Isso faz toda a diferença.
Já percebemos que o nosso jogo passa muito pelas bolas nas costas da defesa adversária, o que levanta a questão: qual é o papel dos nossos médios? Fácil. Recuperação de bola e lançamento rápido nos três da frente.
Ontem [terça-feira, na meia-final da Taça da Liga] isso não aconteceu porque João Mário não teve a intensidade necessária. Ao contrário do Matheus, que entrou com a voltagem no máximo. E o Nuno Santos também tem de decidir melhor: por duas vezes esteve isolado; na primeira tentou fintar o guarda-redes puxando a bola para o seu pior pé, o direito; na segunda deixou-se apanhar por um jogador que lhe ganhou metros vindo quase da nossa área!
Antunes só provou que não tem qualidade para o Sporting. Não sei do que se está à espera para trazer já o Matheus Reis, meter o Lumor a jogar ou ir buscar alguém aos sub-23 ou à equipa B.
Por fim, Jovane tem uma coisa que poucos jogadores do Sporting têm: um excelente remate de meia distância. Fosse ele consistente e sem lesões, e estávamos a falar de um jogador de 50 milhões ou 60 milhões.
Sérgio Conceição mostrou o que é. E com aquele discurso só mesmo naquele clube, o mesmo que anda a manobrar laboratórios e análises na sombra...
Texto do leitor João Rafael, publicado originalmente aqui.