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És a nossa Fé!

Desculpem lá

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Sim, é muito bonito aplaudir a equipa nos momentos difíceis. Sim, também eu achei comovente a reacção dos adeptos. Sim, este é o único caminho possível para consolidarmos as conquistas dos últimos anos para que não sejam acidentais e esporádicas.

Mas, desculpem lá, no desafio de terça-feira todo o colectivo leonino pecou por absoluta falta de intensidade - e isto não merece aplauso. Chegarmos ao intervalo só com três faltas cometidas e vermos o jogo terminar sem qualquer oportunidade de golo nem termos feito sequer um remate à baliza é algo inaceitável.

 

Bem sei que existe enorme diferença de atitude competitiva entre as equipas portuguesas, ao nível de clubes, e as inglesas. Este abismo só se atenua ao nível de selecções.

Bem sei que por cá mantemos péssimos hábitos: um dos mais baixos tempos úteis de jogo de toda a Europa (59' em média e no recente FCP-Sporting jogaram-se apenas 43 minutos); partidas do campeonato com mais de 40 interrupções; futebolistas a mergulharem para o relvado com esgares de dor, simulando faltas, mal sentem um toquezinho; péssimos árbitros que fazem questão de ser protagonistas do espectáculo pelos piores motivos. 

Mas isto não justifica a fraquíssima intensidade dos nossos jogadores neste desafio dos oitavos da Liga dos Campeões. Denotaram falta de personalidade e revelaram excessivo respeitinho pelo poderoso City - ao ponto de terem parecido entrar em campo já derrotados. Foi exasperante vê-los correr o tempo todo atrás da bola. 

Por coincidência, no mesmo estádio e perante o mesmo clube que derrotámos vai fazer dez anos, para a Liga Europa.

 

É verdade que o City da temporada 2011/2012 não revelava a mesma qualidade do actual. Mas nessa equipa jogavam David Silva (campeão mundial e europeu), Agüero, Kompany, Touré, Tévez, Balotelli, Joe Hart e Nigel de Jong. Todos viriam a sagrar-se campeões de Inglaterra no final dessa época.

E o Sporting de Sá Pinto tinha uma equipa claramente inferior a este de Rúben Amorim, nem vale a pena comparar. Basta lembrar que terminámos esse campeonato em quarto lugar, só com 59 pontos - menos 16 do que o FCP, vencedor. 

Apesar das óbvias limitações, vencemos o City em casa. E batemo-nos como leões no jogo da segunda mão, que perdemos por 2-3 mas bastou para seguirmos em frente. Temos essa eliminação do campeão inglês no nosso currículo europeu.

 

Agora vi muito pouco, quase nada, desse espírito. E tive pena.

Tal como lamentei a assobiadela monstra dos adeptos ao Hino da Champions, péssimo hábito que nos custará nova pesada multa da UEFA e parece indiciar que muitos sportinguistas detestam ver a equipa na Liga dos Campeões.

E dificilmente aceito que um jogador tão talentoso como Matheus Nunes proteste com a equipa de arbitragem ao ponto de ver um amarelo que o impedirá de actuar em Manchester.

Uma vez mais, vícios do futebol português incompatíveis com a alta-roda do desporto europeu.

 

Há ainda muita coisa a mudar. Dentro e fora do relvado.

3 comentários

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    Luís Santos 17.02.2022

    Não discordo do autor do texto a propósito da falta de intensidade da equipa e da falta de crença em obter um resultado positivo. Comentei com o meu filho no Estádio que, com a intensidade que colocámos no jogo com o Porto, não perderíamos 0-5. Mas daí a mostrar esta falta de gratidão que o Rui Alexandre demonstra, deixa-me perplexo. Tenham noção da dimensão do feito do campeonato conquistado o ano passado, tenham noção que já conquistámos dois troféus esta época e tenham noção que isso fica essencialmente a dever-se ao excecional trabalho do nosso treinador. E já estar a falar em ir buscar outros treinadores? Eu tenho 50 anos, acompanho o Sporting há mais de 40 e nunca estive tão satisfeito com o futebol do nosso Sporting. Nem Boloni, nem Inácio, nem sequer Allison ou Fernando Mendes. Em toda a história do Sporting, só 2 treinadores é que ganharam 4 troféus. Um é o Ruben Amorim e o outro é Paulo Bento (que não conseguiu ser campeão). Galloway ganhou 3 campeonatos em 1950... Mas 4 troféus com campeonato, há só um e chama-se Rubén Amorim. Por isso, ponha de lado as parvoíces, caro Rui Alexandre e aprecie o que o nosso treinador está a fazer em vez de andar a ansiar por mudanças de treinador sem sentido... Luís Santos
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    Pedro Correia 17.02.2022

    Eu não sinto nostalgia nenhuma dos treinadores que passaram por Alvalade sem vencerem títulos. Daí lembrar com gratidão muito poucos técnicos do Sporting neste século XXI. Apenas três: Bölöni, último a conquistar a dobradinha de verde e branco; Paulo Bento, com duas Taças e duas supertaças; Marco Silva, vencedor da Taça de Portugal na primeira e única época em que treinou a equipa, antes de ser despedido por aquele desmiolado.

    Só esses, nestas últimas 21 épocas.
    De Rúben Amorim, felizmente, não há que sentir nostalgia alguma pois ele está ao serviço do Sporting - e acaba de deixar claro que vai permanecer pelo menos durante a próxima temporada. Para alegria e satisfação de quase todos nós.

    Alguns adeptos, como esse leitor inicial, ainda o apontam a dedo por ser "benfiquista". Por acaso Paulo Bento e Marco Silva também são benfiquistas, Bölöni, claro, não era sportinguista.
    Ver as coisas desta forma, dividindo os profissionais do futebol em etiquetas identitárias, é consequência da clubite mais estéril e doentia.
    Sportinguista desde pequenino é o Jorge Jesus. E certamente ninguém - mesmo os tais pacientes de clubite aguda - gostaria de vê-lo regressar ao Sporting.
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