Descalabro
Não me lembro de uma exibição tão vergonhosa do Sporting nas competições europeias desde 4 de Outubro de 2012, quando fomos derrotados por 0-3 frente ao Videoton, então orientado por Paulo Sousa. Hoje perdemos pela mesma marca frente ao modestíssimo Skënderbeu, clube albanês que tínhamos goleado há 13 dias por 5-1 em Alvalade.
Só João Mário (que entrou tarde e a más horas, aos 60', já com o resultado feito) teve uma actuação com nota positiva. Tirando ele, vimos uma equipa a naufragar - desde os guarda-redes, Rui Patrício (que provocou o penálti de que resultou o primeiro golo albanês e foi expulso) e Marcelo Boeck (que ofereceu de bandeja o terceiro golo), até ao ataque totalmente inofensivo. Basta dizer que o guardião adversário fez apenas uma defesa, aliás muito fácil, ao longo de todo o encontro.
Falta de atitude, falta de concentração, falta de organização defensiva, falta de disciplina táctica, falta de espírito competitivo: tudo isto revelou a nossa equipa nesta medíocre exibição. Sem William Carvalho, sem Bryan Ruiz, sem Teo Gutiérrez, sem Jefferson nem Slimani, com Paulo Oliveira e João Mário no banco (entraram já sem possibilidade de virar o desafio), este foi um conjunto com erros imperdoáveis que nem se admitem em sessões de treino.
Fica a lição para Jorge Jesus: convém não abusar do experimentalismo e do rotativismo. Fica a lição para todos os jogadores: em futebol a displicência e a apatia pagam-se muitas caras.
Este não é o Sporting que nós queremos. Queremos o outro - o do esforço, da dedicação, da devoção e da glória.