Deprimente
Não vou aqui criticar a aposta numa competição menor, a Taça da Liga. Vencemos contra os outros três que se julgam melhores que nós, conquistámos um título, injectámos orgulho, alegria e confiança num clube que muito precisa disso tudo, eles tiveram que engolir. Óptimo.
Estive em Setúbal e em Alvalade. Vi a cores e ao vivo, ao frio e à chuva, e não no descanso dum sofá. E não gostei nada do que vi.
Quanto ao que penso do plantel e dos reforços (ou talvez não), já muito escrevi por aqui, para mim este plantel são 6 magníficos (Mathieu, Coates, Acuña, Nani, Bas Dost e Bruno Fernandes), mais uns entre o bom e o razoável e uns tantos tremendamente insuficientes para as necessidades do Sporting. Em Setúbal não jogaram de início Mathieu, Acuña e Nani, hoje não jogaram os primeiros dois, e jogaram Bruno Gaspar, André Pinto, Jefferson. Não há milagres. Como não houve em Setúbal com Petrovic e Ristovski.
Mas o que me mais me custou hoje foi ver uma equipa completamente desorientada em campo, a não conseguir impor o seu jogo, completamente alheada dos pontos fortes do adversário, a começar por Grimaldo, que podia ter terminado o jogo vergada a uma cabazada histórica com o nosso grande rival e ódio de estimação, e que chega ao final e fica abandonada no meio do campo, com os técnicos a recolherem ao balneário e os assobios das bancadas a sobrepor-se a quem como eu os aplaudiu.
Assim não. Desculpem lá.
Fica apenas de positivo a liderança do Bruno Fernandes, que tenta lutar primeiro e jogar depois por ele e pelos outros e marca mais um grande golo, e o esforço dos grandes operários Coates e Bas Dost.
Tudo o resto, deprimente.
Se calhar estamos a pedir demais a Keizer. Tinha o curriculum que tinha, entrou nas condições em que entrou, não teve possibilidade de treinar na pré-época. Mas a rábula do entra e não entra de Petrovic, a entrada desastrada e tardia de Jovane e Luiz Phellype, e o afastamento no final mostram que aquilo não anda nada mesmo bem.
SL