Demitam-se!
Nos termos do n.º 1 do Artigo 20.º dos Estatutos do SCP, são direitos dos sócios requerer a convocação de Assembleias Gerais extraordinárias, nos termos dos presentes estatutos.
Por outro lado, o Artigo 21.º dos Estatutos do SCP identificam os deveres, nomeadamente o de honrar o Clube e defender o seu nome e prestígio, zelar pela coesão interna do Clube, manter impecável comportamento moral e disciplinar de forma a não prejudicar os legítimos interesses do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, nomeadamente defendendo e zelando pelo património do Clube.
O Artigo 35.º dos Estatutos do SCP, refere que os membros dos órgãos sociais devem cumprir e fazer cumprir os estatutos e regulamentos do Clube e exercer os respetivos cargos com a maior dedicação e exemplar comportamento cívico e moral.
Por outro lado, o Artigo 40.º dos Estatutos do SCP, explica que o mandato dos membros dos órgãos sociais é revogável, individual ou coletivamente, nos termos previstos na lei, podendo ainda a revogação ser deliberada pela Assembleia Geral nos termos dos números seguintes deste Artigo.
Sendo que compete exclusivamente à Assembleia Geral, eleger e destituir os membros dos órgãos sociais. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral é a entidade mais representativa do Clube que tem por atribuições, nomeadamente convocar a Assembleia Geral, indicando a ordem de trabalhos respetiva, ex vi artigos 43.º e 51.º dos Estatutos do SCP.
Nos últimos meses, temos vindo a assistir à delapidação do bom nome do Sporting Clube de Portugal, à tomada de decisões dúbias no que diz respeito ao futuro do clube, relacionada com a política de contratação de treinadores, jogadores e omissão de pagamento a fornecedores.
Se acho que o Presidente e a sua direção devem ser julgados pela competência dos seus atos, então o que dizer de uma Mesa de Assembleia que não reage a esta situação e que assiste no camarote à destruição do bom nome da instituição?
Protegem-se no argumento que não podem ingerir na gestão do clube, mas estamos perante algo mais complexo do que isso. Objetivamente, quem é mais culpada? Uma Direção incompetente e sem soluções ou uma Mesa da Assembleia, na pessoa do Presidente, que assiste a tudo isto e nada faz? Qual é o maior atentado ao Sportinguismo? Para mim é obvio! Mais do que destituir o Conselho Directivo e o seu Presidente pelos atos de má gestão, a Assembleia Geral, a respetiva Mesa e o seu Presidente devem seguir o mesmo sentido porque não cumprem as suas obrigações.
Esperava do Presidente da Mesa da Assembleia um ato de sportinguismo e que consequentemente apresentasse a sua renúncia. De certeza, no futuro os sócios do Sporting Clube de Portugal vão prestar mais atenção a esta figura, para que jamais seja eleito um Presidente demasiadamente ocupado e sem capacidade de acautelar de forma imparcial os interesses do Clube.