De regresso à Pátria Amada
Regressei à Pátria Amada, terminada que foi a minha missão belga. Num destes primeiros dias tive um muito prazeroso jantar com o Pedro Correia, o "camarada coordenador" deste (e não só) blog. Belo manjar - num restaurante barato, friso-o para que não venham os comentadores acusarem-nos de esbanjarmos as putativas fortunas que os "poderes croquetes" nos pagariam se as pagassem. E durante a simpática (e acolhedora, num "bem-vindo" amigável) conversa o Pedro Correia insistiu que eu mantinha o lugar cativo (aquilo a que agora a turba chama gameboqse-qse-qse, como se atiçam os cães na caça aos gambozinos) no blog, apesar das minhas birras. E então venho aqui publicamente agradecer-lhe a tamanha paciência para os meus humores. De facto voltei a Portugal, já assisti ao Benfica-Sporting ali em Palmela, no meu lugar cativo (qse-qse-qse). E como tal, após este quase início da época futebolística, aqui vos desejo, em particular a todos os adeptos do nosso Sporting mas também aos outros visitantes, um Feliz Natal.
Sobre o tal jogo particular que preenche demasiadamente as conversas (e o blog) - de facto tratou-se apenas de um jogo de preparação, sem importância, ainda que sempre custe uma derrota, mesmo que a feijões, com o Benfica (talvez fosse melhor evitar agendar jogos com os rivais para estes períodos, comovem demais a massa adepta) - pouco haverá a dizer e nem muito a lamentar. É notório que a preparação está um bocado atrasada, em particular nos "índices tácticos", o que é normal dado o pouco tempo de trabalho e o ainda desconhecimento que o novo treinador tem do plantel. Mas há bastantes razões para ter esperança, em particular na sua argúcia táctica. Percebi-o durante o jogo, aqui vos trago a ilustração: aos 2 minutos e 5 segundos do filme vê-se o lance do terceiro golo, num livre directo. Durante a sua execução, que foi um lance pausado, o nº 37 do Sporting (que julgo ser Wendel, um recém-chegado prometedor reforço brasileiro, mas também ele ainda em adaptação ao ritmo do futebol europeu e ao nosso plantel e a novos métodos de trabalho) cruzava a área da execução, num lento movimento transversal, qual cortina móvel. Nos meus 55 anos, 49 dos quais a ver futebol, nunca tinha visto uma manobra assim. Uma verdadeira inovação. A deixar entender que o novo treinador do clube tem (na manga) um amplo manancial de inovações tácticas. Quando, em muito breve, os automatismos estiverem criados, os sucessos surgirão.
Festas Felizes. E um Bom e Saudável 2020.