De olhos em bico
É como deverão estar todos os que acompanham futebol e o "caso" Palhinha em particular.
Para não me enganar, até transcrevo a nota emitida pelo TAD, que será claríssima para todos os que a leiam:
“Resulta claríssimo, por tudo quando o Colégio Arbitral não disse e por tudo quanto o Colégio Arbitral disse, que não houve – nem podia haver – qualquer anulação do cartão amarelo exibido pelo árbitro Fábio Veríssimo ao Demandante no jogo subjudice. Resulta claríssimo, isso sim, que o que o Colégio Arbitral decidiu foi que tal cartão amarelo – face ao teor da referida pronúncia formalmente solicitada ao árbitro Fábio Veríssimo e embora por este efetivamente exibido durante o jogo sub judice – não pode integrar a hipótese, a previsão, o tatbestand, a facti species da norma sancionatória tipificada no artigo 164.º, n.º 7, do RDLPFP, não devendo, portanto, produzir quaisquer efeitos no âmbito desta mesma norma sancionatória”.
Ou seja, o cartão amarelo mostrado por Fábio Veríssimo, pura e simplesmente não existiu, não foi anulado, não foi retirado, não existiu. Ou seja, ele foi mostrado mas é mais ou menos como o golo do Tiago Tomás no jogo de Sábado com o Guimarães. O árbitro sancionou a jogada, mas o golo não existiu, porque precedido de uma irregularidade, não foi anulado porque não foi golo. Como este cartão, precedido de uma má decisão que não consubstanciava a amostragem de cartão amarelo.
Confusos?
Doutra forma, há quem defenda que o cartão se mantém. Nada mais errado! A manter-se, como seria a contagem dos amarelos? O próximo a aparecer seria o primeiro de uma nova série?
Parece claro que este "esclarecimento" diz que o próximo cartão será o quinto, mas estou tão de olhos em bico como os leitores...