Curvas e contracurvas
Há três anos, Bruno de Carvalho afastou Augusto Inácio do cargo de director desportivo para abrir caminho a Jorge Jesus.
Agora, age às avessas: traz Inácio para afastar Jesus.
Assisto a isto e questiono-me se é maneira séria e credível de gerir um clube.
Como em quase tudo o resto (desistir ou prosseguir no facebook, sentar ou não no banco, apoiar ou não as claques, defender ou atacar os jogadores, cortar relações ou reatá-las com o Porto, convidar e desconvidar Octávio para o casamento, aproximar-se e afastar-se de Ricciardi, garantir que não quer despedir treinadores que acaba por afastar...), o ainda presidente é capaz de tudo e do seu contrário. Desde que lhe dê jeito para se mantar agarrado com unhas e dentes ao umbral da porta.
O equivalente àqueles ministros que, contra todas as evidências, insistem em manter-se num Governo quando já não reúnem condições mínimas para continuarem em funções.