Crónica de um crime anunciado
A estátua equestre a que Sousa Cintra supostamente teria direito poderia ser facilmente custeada com umas migalhas dos 18 milhões de euros que a Juventus pagou ao clube italiano que resgatou o central Demiral do clube turco ao qual um dos mais promissores de Alcochete foi emprestado no final do defeso transacto, com uma inopinada e baixa opção de compra, depois de não cumprir os mínimos para o campeão virtual (na mente do supracitado Cintra, pelo menos) José Peseiro e não ter lugar num plantel em que poderia ter ombreado com Bruno Gaspar, Marcelo e Diaby.
É uma felicidade que a Juventus tenha critérios mais benevolentes e possa acolher o segundo melhor defesa central que não dará alegrias aos adeptos sportinguistas depois de Pepe. Ainda que Demiral tenha tido direito a uns minutos num jogo para a Taça de Portugal (terá sido com o Oleiros?...) em que o mestre da táctica fingiu estar atento ao que se fazia na formação leonina.
Sem querer imitar uma certa procuradora, diria que assistimos todos, cantando e rindo, a um acto de terrorismo económico, num crime anunciado contra as finanças leoninas. E convém retirar algumas lições.