Confiança em Alvalade
Deu para perceber que nas bancadas de Alvalade também se respira confiança. Até mesmo durante os largos minutos que estivemos em desvantagem, não fui o único a sentir, longe disso, os sócios que estavam nas imediações calmos, seguros, que a reviravolta iria acontecer, mais minuto, menos minuto. Fiquei com a certeza, se é que ainda tinha dúvidas, que para a generalidade dos sportinguistas Jefferson é o elo mais fraco da equipa, Bruno Gaspar está alguns furos abaixo do exigível para ser titular e Bruno César está noutro planeta, embora tenha um passado de esforço e missão ao serviço do clube.
Foi pena que apenas 31 mil espectadores tivessem presenciado um espectáculo. Bruno Fernandes encheu o campo, é hoje indubitavelmente um dos melhores jogadores portugueses, Mathieu passeou classe e Bas Dost foi uma temível ameaça nas imediações da baliza adversária. Renan Ribeiro, que muitos consideram discutível a titularidade face a Salin, foi várias vezes assobiado, pela demora na reposição da bola. Sem culpa nos golos, negou por duas ocasiões que remates insulares terminassem nas redes leoninas, contribuindo de forma decisiva para a vitória. Jovane Cabral voltou a entrar e mexer no jogo, Miguel Luís é um jovem a seguir com atenção face à enorme margem de progressão de que dispõe.
Fui defensor da continuidade de José Peseiro, mas tenho que reconhecer que apesar dos motivos que na altura expliquei, o futebol de Marcel Kaizer é de tal forma vibrante, entusiasma, que valeu a pena Frederico Varandas ter feito a aposta no holandês a quem muitos torciam o nariz. É caso para dizer que as notícias da morte do Sporting, que muitos previram há poucos meses, eram manifestamente exageradas…