Como vivi o jogo de hoje
Tenho uma doença incurável. Sou Sportinguista até à bactéria mais pequena do meu corpo.
Deste modo os jogos do Sporting são quase sempre muito sentidos, muito vividos, demasiado sofridos.
Não tenho qualquer contrato com operadoras de desporto e também não gosto de usar a pirataria. Portanto quando não estou em Alvalade prefiro escutar os relatos na rádio (tradição que já vem de longa data).
Aproveitei para fazer algumas tarefas domésticas enquanto escutava na RR o relato do jogo. E foi aí que escutei o golo do Moreirense.
Os repórteres de campo só encontraram coisas más na equipa do Sporting. Era o Ristovski ou o Petrovic. Depois o Jeferson e até o Nani.
Mudei de posto e passei a escutar Antena 1. De boa memória, pois o Sporting marcou a seguir. Nesta estação os repórteres e o comentador de serviço (conhecido Portista) variavam entre algumas críticas e alguns elogios.
Chegou o intervalo e tive de me dedicar a outras actividades, que não me permitiam escutar o relato da segunda parte.
Só que o telemóvel tem uma aplicação que me vai dando a evolução do resultado. E à meia hora ouvi o sinal de golo. Fui ver de quem era e Bas Dost havia feito o que mais sabe.
Cerrei o punho e fiquei com os olhos no equipamento. Faltou-me a coragem para escutar o resto do relato.
Noventa minutos e a indicação de um amarelo para um jogador do Moreirense. Logo de seguida novo alarme. Temi o pior. Mas Bas Dost não me deixou ficar mal e meteu um chapéu no saco minhoto.
- Boa – disse eu para os meus botões enquanto voltava a cerrar os punhos.
Logo a seguir nova sinalética. O jogo havia terminado, no preciso instante que Nelson Évora se sagrava campeão europeu de Triplo Salto.