Como (não) vivi o dérbi de sábado
Entre a praia e as festas na aldeia beirã, estas últimas ganharam. Uma espécie de dérbi interior e muito pessoal.
O problema maior é que na aldeia, nesta altura do ano, ver futebol no café é comprar uma guerra.
Primeiro porque os estabelecimentos estão tão cheios, que dificilmente consigo entrar. Ele é o regressado da França ou do Luxemburgo, o amigo do amigo do amigo que veio à aldeia de propósito a convite de não se sabe de quem, os filhos, netos, sobrinhos, parentes afastados... todos ao molho e (sem) fé em Deus (desculpa Pedro Azevedo!).
Portanto… não vi o jogo. Nem escutei o relato, já que alguns dos relatadores matam-me de coração com o que transmitem através da sua voz.
Assim… não há melhor que ficar em casa, a fazer outra coisa qualquer e aguardar pacientemente que o telemóvel vá dizendo alguma coisa.
Este jogo era de importância superior. Se o Sporting conseguisse passar por aquele campo sem trazer grandes mazelas pontuais o campeonato poder-se-á tornar algo mais interessante.
Este era assim a modos que o meu pensamento interior. Jamais imaginaria que passado o fim de semana estivéssemos na frente com mais três equipas.
A determinada altura escutei um burburinho na rua. Mas o telemóvel não "miava". Finalmente deu sinal de vida pois o Nani havia marcado. Fixe, boa... pensei eu!
Mas o tempo passava devagar. O calor também não ajudava.
Novo burburinho e o sinal de golo.
Empate!
Fui então ver os comentários que a aplicação ia fornecendo. E Salin surgia como figura primeira do jogo. Ainda bem, pensei eu, tem de justificar o ordenado que ganha.
Dez minutos a mais de tempo extra, dizia a aplicação… Mas foi mesmo necessário?
Fim do jogo. Finalmente respiro aliviado.
O café já deve estar vazio. A festa no arraial está para começar!