Cobardolas
É absurdo que uma classe profissional investida da responsabilidade de tomar decisões corajosas dentro das quatro linhas seja incapaz de transportar essa suposta coragem para a defesa dos seus interesses socio-profissionais. Os árbitros cobrem-se de ridículo com a estrambólica avalanche de "pedidos de dispensa" de apitarem jogos na próxima jornada do campeonato nacional, alegando "falta de condições psicológicas". Apenas três em 76 se demarcaram desta indefensável manobra colectiva disfarçada de incómodo pessoal.
Só uns poltrões e uns cobardolas agem assim. Quem tem brio, determinação e galhardia assume a greve e decreta sem sofismas o boicote aos desafios da Liga. Gostava que estes senhores agissem dessa forma. Mas, pelo andar da carruagem, já percebi que terei de esperar sentado.