Cédric, Carriço e João Pereira
Ao fim de 17 anos a representar o Sporting, tendo jogado em todos os escalões, Cédric prepara-se para rumar a Southampton (onde será colega de equipa de José Fonte). Sai por 6,5 milhões de euros - quantia a que se poderá acrescentar 15% de mais-valia para os cofres leoninos na hipótese de uma futura transferência do jogador, que assinou contrato por quatro anos. Esta será a 11ª transferência mais rendosa de sempre na história do nosso clube.
Lamento que Cédric saia, mas a posição de lateral direito é daquelas em que a equipa tem mais alternativas. E sai num momento da sua carreira em que tem legítimas aspirações de singrar no mais competitivo futebol da Europa.
Só podemos desejar-lhe toda a sorte do mundo. E aplaudir a direcção leonina pelo montante da transferência: daqui a meses, prestes a finalizar o contrato, o jogador formado em Alcochete e que com Fernando Santos tem sido suplente na selecção nacional sairia a custo zero.
Nada a ver com o caso de João Pereira, vendido pela anterior equipa directiva ao Valência por 3,6 milhões de euros em Maio de 2012 - a dez dias do início do Campeonato da Europa em que foi titular como lateral direito e daria nas vistas ao serviço da selecção portuguesa, que atingiu as meias-finais da competição. Um dos mais desastrosos negócios de que há memória em Alvalade nos últimos anos.
Nada a ver com o caso de Daniel Carriço, central da nossa formação que saiu do Sporting por míseros 750 mil euros rumo ao modesto Reading, em Dezembro de 2012, quando dois antes o Spartak chegara a oferecer 6 milhões de euros por ele - e hoje, como capitão do Sevilha, tem no seu currículo a conquista de duas Ligas Europa consecutivas.
Que diferença...