Castigo merecido
Depois duma primeira parte medíocre em que praticamente não criou perigo, Keizer deu a volta ao texto, a equipa encostou o Marítimo às cordas, mas as defesas incríveis do GR do adversário, a complacência manhosa do árbitro com as atitudes anti-desportivas e queima de tempo do mesmo, e alguma falta de sorte, conduziram a uma perda de dois pontos que, apesar de tudo o atrás referido, achei merecida.
Merecida porque quem não aborda estes jogos para entrar com tudo, marcar primeiro, e gerir o resultado depois, põe-se a jeito para perder pontos.
Merecida também porque Keizer insistiu em jogadores fatigados fisica e mentalmente, não refrescou a equipa depois duma jornada europeia onde jogámos meia parte com 10, e apresentou mais uma vez um modelo de jogo que não facilita minimamente o trabalho de Bas Dost (também ele mais que fatigado). Muito jogo interior que se perde em passes sem nexo, extremos de pé trocado que não vão à linha centrar com precisão, laterais que não têm prontidão a centrar, tudo muito à base da inspiração e da capacidade extra de Bruno Fernandes e de mais um ou outro.
Não foi pelos reforços de inverno Borja (mesmo com o amarelo), Ilori, Doumbia e Luiz Phellipe que perdemos pontos. Se calhar todos eles deviam ter jogado de início.
O final da partida demonstrou mais uma vez a falta de tranquilidade que reina naquele balneário e à qual tem de pôr cobro urgentemente, mas que tem de se compreender à luz do sentimento de impotência de corresponder aos objectivos do clube, e também pela atitude vergonhosa de muitos "Letais ao Sporting" que, em vez de irem ao estádio apoiar e aplaudir, assobiam, intimidam e agridem, verbal e fisicamente.
De facto, não me recordo de nenhum periodo com tal quantidade de cartões amarelos e vermelhos mostrados ao Sporting, muitos por protestos e questiúnculas, a obrigar a substituições, a comprometer resultados e a desfalcar a equipa em desafios importantes.
SL