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És a nossa Fé!

Casa cheia

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O Sporting acaba de anunciar um encaixe record em termos de quotização que ultrapassou os 9M€, o que só pode querer dizer uma grande união dos sócios em torno do clube num ano marcado por eleições que reelegeram o actual presidente por uma esmagadora maioria de votos.

O que, numa temporada de relativo sucesso desportivo do futebol e das modalidades, deveria ter reflexo directo na ocupação do estádio e no pavilhão.

Mas a verdade é que casa cheia em Alvalade ou no João Rocha acontece raramente. Muitas vezes sucede ao contrário: uma casa desoladoramente vazia para a qualidade do espectáculo desportivo em causa. 

Falando com este ou aquele sócio, o que ressalta é o comodismo do sofá acompanhado por um conjunto de argumentos que apenas convencem os próprios. Falam em Covid e testes, falam nas saudades do tempo do outro e que detestam este, falam no preço dos bilhetes. Como se gastar 5€ para ir ver um Sporting-Porto em andebol, decisivo para a atribuição do título, fosse um roubo. Mais que isso gastam em bifanas e imperiais.

E quando a Direcção do clube tenta encher a casa oferecendo bilhetes ou abrindo os torniquetes, na prática está a dar uma mensagem negativa a quem regularmente lá vai e comprou bilhetes de época/Gameboxes para o efeito.

 

Centrando agora a conversa no estádio, a verdade é que tudo o que é acessibilidade tem vindo a degradar-se ao longo dos anos: espaços de estacionamento desapareceram, faixas de rodagem foram canibalizadas por inúteis faixas de bicicletas, as entradas /saídas da garagem continuam um filme de terror, o estaleiro a céu aberto perdura, vieram agora as obras do Metro piorar ainda mais a situação.

Dentro do estádio, cadeiras à parte, tudo está como dantes, sem espaços de restauração e/ou convívio decentes, com os sócios amontoados numa catacumba ao intervalo ou na bicha para os acanhados WC. A olhar para o chão quando saem de lá porque podem partir uma perna se esquecerem o degrau "taveira" ali existente.

O Alvaláxia continua na decadência, a cervejaria há muito fechou, metade das lojas estão encerradas, aguarda a clientela da urbanização que se irá construir em frente.

As roulottes lá continuam num passeio público com os clientes de bifana na mão espalhados pela faixa de rodagem.

 

Depois temos a situação nas bancadas. Se por um lado o Covid de facto afastou muita gente mais velha e rejuvenesceu bastante as bancadas, também pela atracção dos mais novos pelo título nacional alcançado, por outro o famigerado cartão de adepto apenas veio agravar a situação já complicada que atravessam as claques do clube. O que temos hoje é um conjunto de bandos sem controlo a insultar adversários, atirar tochas e rebentar petardos em diferentes pontos das bancadas, na maior impunidade e com o maior desprezo pelos restantes sócios, sem que a Direcção do clube faça seja o que for quanto a isso.

Para terminar, as horas a que têm decorrido os jogos em Alvalade, muitas vezes às 20h30, às vezes ao domingo. Isto, além dos problemas de acessibilidade atrás referidos, desmotiva muitos sócios que moram mais longe.

Assim não admira que as ocupações em Alvalade, sem comparar com números doutros tempos em que o que se ouvia não tinha qualquer correspondência com aquilo que se via, sejam muito inferiores ao desejável, e que bastante seja necessário fazer para que a casa cheia seja norma em Alvalade.

 

SL

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