Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

És a nossa Fé!

Cada vez mais próximos do título máximo

Sporting, 2 - Benfica, 1

descarregar.webp

Jogadores leoninos festejam justa vitória frente ao Benfica, que tem agora menos quatro pontos

Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Isto sim, é futebol a sério. Com emoção, ansiedade, incerteza no resultado, explosões de júbilo no fim de tudo. O segundo clássico em poucos dias. O primeiro tinha sido para a Taça de Portugal, no estádio da Luz, culminando num empate - que para nós equivaleu a vitória, pois afastámos o Benfica da final no Jamor. 

O segundo foi há três dias. No nosso estádio. Que continua invicto neste feliz ano de 2024. Houve despique aceso, mas tudo terminou da melhor maneira. Com novo triunfo nosso. Como quase todos desejávamos.

 

Valha a verdade: o Benfica havia sido superior na segunda mão da meia-final da Taça e na noite de sábado voltou a estar por cima em diversos períodos da partida, sobretudo na primeira parte, tendo reagido bem ao golo sofrido ainda a frio, no primeiro lance ofensivo do Sporting.

Isto corresponde à realidade. E só valoriza ainda mais o triunfo leonino.

Ao contrário do que alguns imaginam, "ser sportinguista" não é supor que os nossos são cem por cento excelentes e os outros todos são cem por cento péssimos e só conseguem ganhar graças a roubo, ladroagem, tráfico, corrupção, etc.

Não é assim.

Termos adversários com valor dignifica mais os nossos triunfos e as nossas conquistas.

E esta foi mesmo uma conquista. De um grupo de trabalho, de um colectivo, de uma equipa digna desse nome.

Mas foi também o jogo da vida de um novo herói: Geny Catamo, 23 anos, natural de Moçambique, só desde Julho na equipa principal do Sporting.

 

Em boa hora este talentoso canhoto foi contratado pelo Sporting, em 2020, vindo do Amora. Tem-se revelado um jogador em evolução constante. Há dois anos andava na nossa equipa B, há um ano andou em empréstimos inconsequentes ao Vitória e ao Marítimo.

Cresceu imenso nesta época - fruto de uma aposta consistente do treinador. Bem o vimos agora em Alvalade, ao marcar os nossos dois golos ao Benfica: um logo aos 46 segundos de jogo, o outro aos 90'+1.

Já sentou Esgaio como titular, já tornou o ausente Fresneda irrelevante. Tem pinta de craque, joga como um craque.

É extremo de raiz adaptado a ala, cumprindo assim também a função de lateral. E é um esquerdino a actuar no corredor direito, o que o obriga a moldar o seu modo instintivo de se relacionar com a bola em função dos desígnios tácticos da equipa. Tem passado nos dois testes, muito exigentes.

Na brava ousadia da sua juventude, Geny atreveu-se até a mostrar a Gyökeres, seu camarada sueco, que também pode levar a nossa equipa rumo à vitória mais sonhada.

 

Até agora só tenho mencionado aspectos positivos. Mas toda a medalha tem o seu reverso. Este reverso do Sporting-Benfica teve um reverso de apito na boca.

Artur Soares Dias - creio já o ter escrito algures - é para mim o pior árbitro português. Porque congrega quase todos os defeitos mais clamorosos de sinal contrário: arrogante, pedante, soberbo, manifestamente incompetente em lances cruciais. E pusilânime, acima de tudo. Forte com os fracos, fraco com os fortes - característica desprezível.

Menciono dois exemplos, para não me ficar pela abstracção inconsequente ou pela indignação típica das conversas de café.

Minuto 4: Dias exibe cartão amarelo por alegada simulação ao suposto "fraco" Geny, que viria a ser a figura da partida e o herói da noite.

Forte com os fracos.

Minuto 33: Dias perdoa uma agressão do campeão mundial argentino Di María, do SLB, a Pedro Gonçalves. Devia ter sido vermelho directo, como nas últimas 48 horas todos os analistas de arbitragem reconheceram, mas nem amarelo lhe mostrou. Lance tão evidente e tão escandaloso que não acredito na tese de que o VAR Luís Godinho evitou alertá-lo. Isso cheira a patranha. Dias recusou ver as imagens e armou-se em Nero do apito. Só lhe falta a toga de imperador romano - e a lira para entoar uns acordes enquanto tudo arde.

Fraco com os fortes.

Este senhor voltou a demonstrar que não merece um décimo dos elogios que certa imprensa reverente e servil ainda lhe faz.

 

Vencemos e convencemos.

Superámos um obstáculo que quase todos anteviam como decisivo. Nem faltou até quem o considerasse o jogo mais determinante do campeonato.

Da nossa parte, há ainda 21 pontos por disputar. Se vencermos todos os jogos, chegaremos ao fim com recorde absoluto: 92 pontos.

Após este clássico, estamos quatro pontos acima do Benfica (que poderão ser sete). O Porto já nem conta, após outra derrota - agora em casa, frente ao Vitória.

O nosso acesso à próxima Liga dos Campeões está garantido. Na prática, faltam-nos cinco vitórias em sete jogos para chegarmos ao título - isto se o Benfica não voltar a tropeçar, o que bem pode acontecer.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Vai ganhando maturidade e segurança de jogo para jogo. Excepcional voo, aos 81', impedindo golo de Di María. Só tem de melhorar a saída de bola com os pés.

St. Juste - Completou dois jogos seguidos de leão ao peito. Atento às dobras, ganhou duelos em velocidade. Pena a falta desnecessária que fez aos 45'+2: desse livre nasceu o golo solitário do SLB

Coates - Um gigante. Evitou golo de Neres aos 65', cortou um passe perigoso de Rafa muito perto da baliza aos 68'. Às vezes parece um segundo guarda-redes.

Gonçalo Inácio - Fica estranho quando defronta o Benfica. Voltou a acontecer. Entregou três vezes a bola, sem razão aparente - aos 51', 60' e 65'. Difícil entender tanta insegurança.

Geny - Herói do jogo. Marcou o golo mais madrugador num clássico em Alvalade desde 1992. Conquistou os três pontos ao cair do pano com um belo disparo de pé direito. Um craque.

Morten - Amarelado logo aos 27', não se deixou atemorizar, vencendo a maior parte dos duelos com Aursnes. Arriscou muito ser expulso aos 73'. O treinador retirou-o de campo pouco depois.

Morita - Continua longe da boa forma exibida antes da mais recente convocatória para a selecção nipónica. Perda de bola comprometedora aos 14': podia ter causado dano sério. Saiu aos 54'.

Matheus Reis - Tentou, com pouco sucesso, travar o passo a Di María no seu corredor. O pior foi ter deixado Bah movimentar-se sem marcação no livre de que resultou o solo sofrido.

Pedro Gonçalves - Regressou após lesão. Não tardou a protagonizar lance de génio em incursão como extremo-esquerdo - bola sempre dominada, cruzamento perfeito para o primeiro golo.

Trincão - Demasiado discreto, desta vez foi incapaz de fazer a diferença. Aos 25', desperdiçou um passe soberbo de Gyökeres que noutras circunstâncias poderia ter terminado em golo.

Gyökeres - Deu baile a António Silva (11'). Venceu duelos com Aursnes. Ofereceu golo que Trincão desperdiçou. Atirou petardo à barra (52'). Não marca há três jogos. Mas lutou imenso.

Daniel Bragança - Substituiu Morita neste seu 100.º jogo oficial pelo Sporting. Melhorou jogo interior da equipa com a qualidade de posse habitual. Mas falhou emenda à boca da baliza (88').

Diomande - Rendeu Gonçalo Inácio aos 72'. Com vantagem, apesar de cumprir o Ramadão. Precioso corte cirúrgico aos 90'+6: essa acção enérgica impediu o Benfica de empatar.

Edwards - Substituiu Pedro Gonçalves aos 72'. Com fraco desempenho excepto na marcação do canto de que resultou o golo da vitória.

Paulinho - Entrou para o lugar de Trincão aos 80'. Desta vez sem fazer a diferença após três jogos consecutivos a marcar.

Koba - Rendeu Morten ao minuto 80. Continua sem mostrar qualidades no Sporting. Indolente, sem atitude, perdeu duas vezes a bola - numa das quais provocando perigo.

25 comentários

Comentar post

{ Blogue fundado em 2012. }

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D